Realizado no Cubo Itaú, um centro de empreendedorismo tecnológico localizado na zona Sul da cidade de São Paulo, a SuperVarejo realizou um encontro com mais de 75 pessoas interessadas em discutir o varejo e suas tendências para 2020 seguindo a linha do que foi discutido durante a NRF 2020 Retail Big Show, realizada em Nova Iorque entre os dias 12 e 15 de janeiro.
Entre o público presente, representantes de empresas de diversos segmentos interessados nas informações sobre as tendências de 2020, como Unilever, Ambev, 3Corações, GPA e Grupo Big, entre outros.
O evento, com duração aproximada de 3 horas, trouxe duas palestras, a primeira ministrada pelo head de Marketing e Negócios da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Fabiano Benedetti, que esteve na NRF juntamente com o grupo da GVCev.
Benedetti mostrou o que deixou de ser apenas tendência apresentadas em outras edições do evento e que já aparecem na prática no varejo norte-americano como, por exemplo, o reconhecimento facial na gôndola, que permite entender a reação do consumidor frente aos produtos expostos.
“Na edição desse ano da NRF ficou claro que a integração on e off-line já é realidade e que não há como voltar atrás nisso”, destacou Benedetti, que acrescentou que a loja deve ser um ponto de entretenimento para o cliente e não apenas de compra. “O consumidor tem que se divertir na loja, interagir, tocar, sentir, enfim, ter experiências e isso vai se transformar em fidelidade e lealdade à marca”.
Benedetti ainda destacou que foi muito discutido o uso de dados na inteligência artificial e na internet das coisas. “Entre as muitas soluções apresentadas, os destaques foram os self-checkouts e atenção com a personalização das compra para cada tipo de cliente, onde se destaca a diversidade. Mas para isso acontecer, do lado do varejo há a necessidade do empoderamento da sua equipe de colaboradores, para que eles tomem as decisões certas e rápidas junto aos clientes”, concluiu.
Já a head de Marketing e Novos Negócios da Magento, uma empresa da Adobe, Núbia Mota (foto abaixo), deu continuidade a linha de raciocínio apresentada por Benedetti destacando que nesta edição da NRF foi a primeira vez em que se falou mais de pessoas do que de tecnologia. “Isso mostra o quanto estamos mudando como consumidor e quão rápido está sendo essa transformação”.
A linha de que a loja física deve ter menos produtos e mais experiências, uma vez que o cliente pode comprar ou receber produto em qualquer momento e em qualquer lugar, foi defendida mostrando cases de lojas visitadas durante a sua estadia em Nova Iorque, como Amazon 4-Star e Starbucks Reserve, por exemplo. “Nesses casos é possível notar que cada loja tem uma missão. A mesma marca pode ter objetivos diferentes. Se você quiser pegar um café e continuar sua caminhada para algum destino, a escolha é a Starbucks regular.
Mas se você quer uma experiência para tomar café por algumas dezenas de minutos, atravesse a rua e entre na Starbucks Reserve”, exemplificou Núbia.
Esse exemplo acima citado faz referência a duas lojas no bairro de Chelsea em Nova Iorque onde há essas duas lojas da Starbucks, uma de cada lado da rua e com propostas de consumo totalmente diferentes.
Para finalizar, Núbia destacou que a NRF deste ano se sustentou em três pilares: dados, experiência e pessoas.
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