Nenhum setor da economia nacional contribuiu tanto para a venda de novas embalagens plásticas no Brasil quanto a indústria alimentícia. Segundo um levantamento da consultoria GNPD (Global New Products Database), disponibilizado pela Suzano Petroquímica, os fabricantes de produtos alimentícios ocuparam seis das dez primeiras posições entre os segmentos que mais lançaram produtos em embalagens plásticas nos últimos 12 meses. Aparecem nesta lista as linhas de ingredientes para bolos, biscoitos, queijos, temperos, vegetais e panificados que, juntas, apresentaram quase 900 produtos de um total de 4.788 novidades que chegaram ao mercado no período.
Atentos a este mercado, que juntamente ao segmento de bebidas representa mais da metade dos negócios da indústria brasileira de embalagens, os transformadores plásticos e as petroquímicas se mobilizam para desenvolver novos produtos. Prova disso é que, nos últimos 12 meses, foram lançadas no Brasil mais de 2,5 mil embalagens plásticas para o setor alimentício.
Enquanto os transformadores miram aprimorar o design dos produtos, as petroquímicas intensificam as pesquisas com o objetivo de desenvolver resinas cada vez mais apropriadas ao setor. Na semana passada, a Braskem anunciou uma parceria com a transformadora Pavão Indústria e Comércio que resultará no desenvolvimento de uma embalagem com grande índice de transparência e elevada resistência ao impacto em baixas temperaturas a ser disponibilizada à Sadia.
No mês passado, a Dow Chemical obteve a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana responsável pela área de saúde pública dos Estados Unidos, para a utilização de copolímeros olefínicos em contato direto com os alimentos. Caminho semelhante segue a Suzano Petroquímica, que apresenta novidades apropriadas para o uso do setor alimentício, buscando facilitar a adaptação do plástico a outros materiais.
(André Magnabosco – InvestNews)