Com o objetivo de obter maior segurança alimentar, alguns dos maiores varejistas de alimentos da Europa têm adotado padrões mais rigorosos quanto à compra de produtos agrícolas, carne e frutos do mar de fornecedores credenciados por firmas particulares de inspeção. Uma dessas empresas é a GlobalCap (Bons Processos Agrícolas Globais), que tem organizações brasileiras como parceiras, além de institutos de certificação. Outros países têm seguido o exemplo europeu. A rede Wal-Mart possui em vários países seus próprios programas de certificação, embora menos rigorosos que os da União Européia.
Entre as exigências da GlobalCap estão limites para resíduo de pesticidas (quanto sobra numa fruta após ser lavada), proibição de animais domésticos nas cercanias de unidades de processamento e análises de solo para assegurar que os produtores rurais não fazem uso de fertilizantes em excesso. Os padrões elevam os preços finais, o que colabora para a inflação global dos alimentos, mas levantamentos sobre vendas mostram que os consumidores pagam mais quando há uma promessa de qualidade.
Fonte: Jornal Valor Econômico