Mesmo sem a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) extinta no mês de janeiro, a receita com impostos e tributos federais cresceu 10,2% em fevereiro, já descontada a inflação, e somou R$ 48,1 bilhões. O valor foi um recorde de arrecadação para o período. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que o crescimento da arrecadação deve seguir a mesma proporção ao longo do ano, ou seja, a expectativa é manter o aumento de 10% da receita com impostos federais em 2008. Se o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) for de 5% neste ano, como prevê o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a alta da arrecadação será o dobro do crescimento econômico.
O secretário afirmou que, tirando os impostos pagos pela indústria de cigarros e outros fatores de arrecadação atípicos, a carga tributária caiu. A carga de 2006 foi de 34,2% do PIB, e a do ano passado ainda não foi divulgada. Nos dois primeiros meses do ano, a arrecadação já soma R$ 11,5 bilhões, 15,6% acima do primeiro bimestre de 2007 em termos reais, descontada a inflação medida pelo IPCA. Em relação a janeiro, a arrecadação do mês passado foi 23,46% menor. Mas no primeiro mês do ano, a receita com tributos federais foi de R$ 62,9 bilhões, um volume considerado “atípico” pelo secretário da Receita. Rachid afirmou que é preciso esperar o resultado da arrecadação dos próximos meses para se ter certeza de que realmente há espaço para reduzir impostos de alguns setores da economia.