A taxa de variação dos preços para os produtos comercializados nos supermercados, no mês de fevereiro, apresentou queda de -0,17%. A economia vinha registrando fortes altas de preços em dezembro (1,7%) e janeiro (1,1%) devido às pressões dos alimentos, que agora começa a se dissipar em virtude da entrada da safra agrícola. É o que apresenta a pesquisa mensal IPS (Índice de Preços dos Supermercados) da APAS (Associação Paulista de Supermercados).
Nos últimos doze meses, a alta de preços chegou a 9,95%, ainda inferior à taxa de 10,52% de janeiro passado. No ano, a taxa do IPS já está em 0,93%, ficando os alimentos com 1,36% e as bebidas 0,74%.
Em fevereiro, houve uma queda generalizada de preços: caíram os preços dos alimentos (-0,05%), das bebidas (-0,39%), dos artigos de higiene e beleza (-0,5%) e dos produtos de limpeza (-0,57%). Em alimentos, as maiores quedas foram da carne bovina, aves, frutas, legumes e verduras, com destaque para o açúcar (-2,18%), o tomate (-24,23%) e a batata (-4,66%). Já a carne suína, o pescado, o leite, o arroz, o feijão, o óleo de soja, o macarrão, e os biscoitos e salgadinhos tiveram alta nos preços. Os demais alimentos permaneceram com os preços estáveis.
No acumulado desde o Plano Real, em 1994, a inflação no supermercado tem sido bem menor que a inflação de preços ao consumidor, tanto da FIPE quanto do IBGE. O IPS-APAS foi de 81%, enquanto que o IPC-FIPE foi de 168% – mais que o dobro. O IPS é o resultado de uma pesquisa feita em 100 pontos-de-venda de todas as regiões da cidade de São Paulo com o mesmo método aplicado pela FIPE na apuração do IPC.
Fonte: IBGE