A classe B2, formada por 8,8 milhões de lares com renda familiar mensal de R$ 2.500, concentra a maior parcela do potencial de consumo dos brasileiros neste ano – 24,6%, ante 20,2% no ano passado. O consumo de todas as classes da pirâmide socioeconômica é estimado, para 2008, em R$ 1,74 trilhão, considerando 53,9 milhões de domicílios e 187,1 milhões de habitantes. É o que mostra a pesquisa "Brasil em Foco", realizada pela empresa Target Marketing, que identificou o potencial de consumo em 5.564 municípios do País.
O levantamento, baseado nos dados do IGBE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que, dos gastos dessa parcela da população, R$ 80 bilhões vão para alimentação dentro de casa e R$ 18,5 bilhões para refeições fora do lar. As maiores despesas, de R$ 111,7 bilhões, referem-se à manutenção da residência. A pesquisa também identificou a movimentação das pessoas das classes D e E em direção à C, a qual deverá gastar neste ano o equivalente a 2007, atingindo R$ 449,1 bilhões. A tendência é que a classe C suba mais alguns degraus rumo à camada B.
De acordo com os critérios da Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa), a mudança de classe social é acompanhada pela aquisição de bens e serviços, como por exemplo, computadores, banda larga, cursos complementares, etc, e não necessariamente pelo aumento de renda.