A classe média continuou a crescer no segundo semestre no País, atingindo 53,8% da população. É o que mostra um estudo realizado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV – Fundação Getúlio Vargas, que considerou seis regiões metropolitanas – São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife. Pertencem à classe C (média) os brasileiros com renda familiar mensal entre R$ 1.115 e R$ 4.807.
Segundo o estudo, que considerou o período de 2002 a 2008, 15,3% pertencem às classes A e B (alta); 13,1% à classe D; e 17,6% à classe E. Estão na classe AB famílias com rendimento do trabalho acima de R$ 4.807. Na D, o intervalo é de R$ 804 a R$ 1.114, e abaixo desses valores, a família é classificada como classe E.
O levantamento da FGV apontou que a classe alta é a mais afetada pela crise econômica, poupando a classe C. O economista Marcelo Néri, responsável pelo estudo, ressaltou a importância das políticas públicas de transferência de renda e injeção de demanda pública em momentos como este. Ele citou como exemplo o programa federal Bolsa Família que, segundo ele, atende 25% da população brasileira.