O faturamento do setor supermercadista brasileiro em 2008 foi de R$ 158,5 bilhões, o que representa um aumento real de 10,5% e nominal de 16,3% em relação a 2007. De acordo com o 32º Ranking Abras 2009, divulgado na quarta-feira (29 de abril) pela Abras – Associação Brasileira de Supermercados, o número de lojas atingiu 75.725 pontos de autosserviço no ano passado – aumento de 1,5% em relação a 2007.
As vendas do setor representaram 5,5% do PIB – Produto Interno Bruto do Brasil. O estudo, feito em parceria com a Nielsen, mostra que trabalham no setor 876.916 funcionários, contra 868.023 do ano anterior. O lucro líquido médio, em 2008, ficou em 2,12% sobre o faturamento – o maior da série histórica, iniciada em 1999.
No ano passado, a concentração de mercado no segmento manteve-se estável. As três maiores redes do País representam 38% do faturamento do setor – queda de um ponto percentual em relação a 2007. As cinco maiores empresas mantiveram uma participação de mercado de 41%. Já as dez maiores têm 46% de mercado, queda de um ponto percentual em relação ao ano anterior. O Estado de São Paulo continua a liderar o setor, seguido por Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
O Ranking Abras revela ainda que a previsão de investimentos para este ano (R$ 3,877 bilhões) será 4,4% maior do que o volume investido em 2008, que foi de R$ 3,714 bilhões. No ano passado, a maior parte do investimento foi empregada em novas lojas (53%) e reformas (20,6%).
Sobre meio de pagamentos, os cartões continuam ganhando participação e já representam 52,8% do faturamento, assim divididos: cartões de crédito de terceiros (21%), cartões de crédito próprios (14,3%) e cartão de débito (17,5%). Dinheiro ainda representa 32,6% dos pagamentos.
Vendas sobem no trimestre
As vendas reais do setor supermercadista caíram 4,22% em março, em relação ao mesmo mês de 2008. Em comparação a fevereiro de 2009, houve alta de 6,45%. No acumulado do primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta é de 2,12%. Os dados constam no Índice Nacional de Vendas da Abras.
Para o presidente da entidade, Sussumu Honda, a queda do faturamento em março deve-se, principalmente, à diferença de calendário, já que a Páscoa, em 2008, foi antecipada. “Trata-se de um efeito sazonal, que acabou por reduzir também o acumulado do trimestre. No entanto, em abril, a tendência é que o faturamento apresente uma alta mais acentuada”, afirma.
