Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart suspenderam a compra de carnes de 11 frigoríficos apontados pelo MPF – Ministério Público Federal do Pará como comercializadores de gado criado em área de devastação da Amazônia
Os supermercados resolveram tomar a atitude em conjunto, após a denúncia do MPF e da ONG Greenpeace, que fez a denúncia. Segundo as redes varejistas, a iniciativa inclui a notificação dos frigoríficos, a suspensão de compras das fazendas denunciadas e exigências de guias de trânsito animal anexadas às notas fiscais dos frigoríficos.
Em nota divulgada esta semana pela ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados, como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.
No início do mês, a Promotoria ajuizou 21 ações civis públicas pedindo indenização de R$ 2,1 bilhões de pecuaristas e frigoríficos que comercializaram animais criados em fazendas desmatadas ilegalmente e enviou notificações a 69 empresas que compram insumos dessas áreas da região amazônica.
De acordo com o MPF, a área desmatada é de aproximadamente 160 mil hectares. A identificação do gado proveniente das regiões de desmatamento só é possível graças à rastreabilidade.
