A estratégia da rede Makro Atacadista ficou mais agressiva, sob a direção de Roger Laughlin, o venezuelano de ascendência holandesa que deixou a presidência da empresa na Argentina para assumir a operação brasileira. Após seis meses de uma espécie de reconhecimento do mercado, Laughlin tem os planos traçados para a nova fase da companhia. O primeiro deles será a criação de uma empresa para fornecer alimentos para restaurantes.
Com o novo negócio, Laughlin espera conquistar uma categoria diferente de clientes, a de estabelecimentos mais sofisticados. “Enquanto estávamos sozinhos dava para trabalhar apenas com o sistema pague e leve”, afirma, referindo-se ao avanço de concorrentes como Sam´s Club e Atacadão, que obrigou o Makro a ir atrás de novos consumidores.
Uma equipe de vendedores fará visitas semanais a proprietários de restaurantes de Moema e Jardins, bairros nobres da capital paulista, oferecendo o serviço. A primeira unidade da nova empresa será no mesmo terreno do Makro Interlagos, na zona sul de São Paulo.
Argentina
O modelo de negócio existe na Argentina com um portfólio de dois mil produtos, sendo 700 deles exclusivos, ou seja, que não são comercializados nas lojas Makro.
Laughlin ainda não bateu o martelo sobre o nome da empresa, mas ele afirma que há chances de adotar a marca Siga (Serviços Integrados Gastronômicos) – mesmo nome utilizado na Argentina.
Para a primeira etapa do projeto, o investimento será de cerca de R$ 2,6 milhões. “Com a unidade instalada próxima a cada loja, temos condições de aproveitar a estrutura administrativa do ponto de venda, bem como seus estoques”, afirma.
Fonte: Brasil Econômico
