Uma das primeiras medidas que o venezuelano Roger Laughlin tomou ao chegar ao comando da rede atacadista Makro no Brasil, há nove meses, foi procurar cliente. Nada menos que 380 pessoas foram contratadas para visitar hotéis, restaurantes e fornecedores de refeições – segmento chamado de “Horeca” no jargão do setor, estratégico para a companhia holandesa. Os profissionais visitam os estabelecimentos, informam sobre as ofertas e descobrem quais falhas precisam ser corrigidas no mix de produtos das 76 lojas no País. As vendas para o segmento, que estavam praticamente estagnadas até janeiro, começaram a reagir e, no acumulado de julho a outubro, cresceram mais de 30%.
Em 2011, Laughlin vai lançar a venda personalizada na unidade do cliente, com serviço de entrega, e aumentar a diversificação das atividades, com novos postos de combustíveis e a criação de lojas de conveniência. Enviado ao Brasil depois de quatro anos no Makro Argentina, onde implantou o sistema Siga (Serviços Integrados Gastronômicos Argentinos), agora prepara iniciativa semelhante para o Brasil, onde comanda oito mil funcionários.
Também no próximo ano, a empresa vai investir em quatro novas lojas de atacado, na Grande São Paulo e no Nordeste, dois restaurantes (anexos às lojas), 10 postos de combustível e 10 lojas de conveniência, num total de R$ 240 milhões. “Nossos postos de combustível estão instalados próximos às lojas, mas estudamos ter uma rede independente”, diz Laughlin.
Hoje, o Makro Brasil é dono de 76 lojas, 70 restaurantes e 28 postos, presentes em 24 estados e no Distrito Federal. No ano passado, registrou receita líquida de R$ 4,6 bilhões, com alta de 6% sobre 2008, e lucro líquido de R$ 105 milhões, 15% superior. Para 2010, a meta é aumentar o índice de crescimento da receita, para 12%.
Fonte: Valor Econômico
