Pelo menos 11,2 milhões de brasileiros passavam fome ou estavam sob risco iminente de não poder comer por falta de dinheiro. É o que aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “Segurança Alimentar”, com dados de 2009. Na primeira edição da pesquisa, em 2004, o número era de 14,9 milhões. São 3,7 milhões de pessoas a menos em “situação de insegurança alimentar grave”, uma queda de 24,8% em cinco anos. No período, a população do País aumentou 5,5%.
O estudo foi feito em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Para o IBGE, o impacto do Bolsa-Família foi o principal fator para a redução do número de brasileiros que passam fome. O aumento do salário mínimo seria o segundo motivo.
O secretário executivo do ministério, Rômulo Paes de Sousa, avalia que o ganho foi excepcional para um período tão curto. Segundo ele, o objetivo do governo é eliminar a fome no País, mas a supressão completa desse temor leva tempo. Para Sousa, a permanência de mais de 11 milhões de pessoas na situação grave deve ser relativizada.
Segundo a pesquisa, apenas 65,8% dos brasileiros estavam em condição de segurança alimentar em 2009, contra 60,1% em 2004. Ou seja, no ano passado mais de um terço da população (34,2%) estava em situação de insegurança. São pessoas que apresentavam alguma restrição alimentar ou, pelo menos, preocupação com a possibilidade de ocorrer restrição por falta de dinheiro para comprar comida.
Fonte: Agência Estado
