A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) esclarece alguns pontos questionados pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) sobre a responsabilidade da carne bovina e de outros alimentos, como o feijão, na alta da inflação. No comunicado enviado à imprensa e assinado pelo presidente Sussumu Honda, a Abras diz que as variações de preços dos produtos são resultados da pesquisa Abrasmercado, realizada pela GFK e que coleta preços em supermercados nas cinco regiões do País.
A entidade também afirma que não é verdade que, em alguns tipos de carnes, os preços praticados pelos supermercados embutem uma margem de lucro de quase 140%. “Tal prática está totalmente fora da realidade do setor, que trabalha com margens menores, dada a extrema concorrência existente no mercado. Uma margem dessa ordem seria inaceitável para o público consumidor e inviabilizaria a venda do produto”, declarou Sussumu, enfatizando que defende a desoneração de PIS e Cofins para toda a cadeia produtiva da carne.
A Abras ainda cita que, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP), a arroba do boi apresentou alta de 33,5% no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2011. “No mesmo período, o preço da carne praticado pelos supermercados apresentou um aumento acumulado de 26,8%, o que demonstra que, ao contrário do que diz a Abrafrigo, o setor supermercadista é sensível às dificuldades enfrentadas pelo setor produtivo, não repassando o aumento de custo na mesma proporção ao consumidor final”, disse Sussumu.
Fonte: Agência Estado
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