O aumento de cerca de 12% no salário mínimo, previsto para o ano que vem, deve aumentar o consumo das famílias das regiões Norte e Nordeste a taxas chinesas. A avaliação é de Bráulio Borges, economista-chefe da LCA Consultores. Os itens de baixo valor unitário, como bebidas e alimentos, devem registrar crescimentos mais expressivos.
Considerando profissionais ativos, pensionistas e aposentados da Previdência Social, a importância do salário mínimo no rendimento da população dessas regiões é grande. No Nordeste, por exemplo, 35,2% da massa de rendimento é composta por trabalhadores que ganham até um salário. No caso da Região Norte, essa fatia é de 27% – a média do País é de 20,7%. “O impacto do salário mínimo no consumo não é desprezível regionalmente”, ressalta o economista.
Algumas empresas já estão de olho no potencial de consumo dos estados do Norte e Nordeste para os próximos anos. É o caso da Coca-Cola Brasil, que planeja investir R$ 11 bilhões em fábricas, infraestrutura, comunicação e linhas de produtos nessas regiões. “Estamos acelerando significativamente os investimentos”, afirma Marco Simões, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da empresa.
Fonte: O Estado de S. Paulo
