Os consumidores comprarão cada vez mais produtos que gerem prazer e a venda de itens saudáveis, prontos ou de fácil preparo vai aumentar, segundo a pesquisa sobre tendências de consumo Brasil Food Trends 2020, apresentada na manhã desta terça-feira (10 de maio) no Auditório Comercial do 27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados – APAS 2011.
De acordo com a apresentação de Raul Amaral, coordenador da Plataforma de Inovação Tecnológica do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), o consumo mundial, incluindo o brasileiro, seguirá cinco blocos de tendências: sensorialidade e prazer, bem estar e saudabilidade, conveniência e praticidade, qualidade e confiança, e sustentabilidade e ética.
No primeiro setor, o destaque ficará por conta do fenômeno indicado como “mastígio”, com o crescimento da classe média e a difusão do prestígio por diversas camadas sociais, que implica no aumento do consumo de produtos dos tipos gourmet e premium.
No quesito bem estar, segundo Amaral, sairão ganhando aqueles que apostarem na soma sabor e saudabilidade, mas, antes, é preciso investir na informação sobre o que realmente faz bem e o que deve ser evitado. “O consumidor está perdido. Ele recebe informações de fabricantes, nutricionistas, e não tem certeza do que é benéfico para a saúde”, disse.
Aliando a preocupação com a saúde à rapidez do cotidiano, outra tendência do consumo são pratos prontos ou de fácil preparo mais saudáveis e em pequenas porções, como opção de refeição balanceada para o trânsito ou um intervalo no trabalho.
Ainda de acordo com a pesquisa apresentada por Ital, produtos com rótulos mais informativas, certificados e com garantia de origem também devem ganhar a simpatia do consumidor nos próximos anos. “É o caso dos itens ´all nature´, sem a utilização de qualquer agrotóxico ou aditivo químico, que já possuem um nicho no exterior”, lembra o coordenador.
O levantamento também mostrou que a preocupação dos consumidores com o meio ambiente deve continuar, o que repercutirá no aumento da procura por produtos com menor impacto ambiental e preocupados com as causas sociais, como no caso do fair trade, com a valorização do trabalho dos produtores e das mercadorias produzidas na proximidade do local de venda.
