O total de famílias endividadas na cidade de São Paulo cresceu de 1,68 milhão para 1,69 milhão entre junho e julho, de acordo com um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Apesar desse aumento, o total ainda está abaixo do número registrado em julho do ano passado, quando 1,84 milhão de famílias possuíam dívidas.
Segundo a área de análise da Federação, dois fatores concorrem para explicar a relativa estabilidade entre os dois meses. Em primeiro lugar, queda dos níveis de desemprego: na região metropolitana de São Paulo, essa taxa recuou de 7,1% em junho para 6,7% em julho. Os economistas da Fecomercio também destacaram o nível de confiança do consumidor na economia, tal como visto nas sondagens da própria entidade. A pesquisa mostra ainda uma redução na parcela das famílias com algum nível de atraso em suas contas, para 15,5% do total –de 569 mil para 555 mil, em termos absolutos.
Por faixa de renda, entre os grupos familiares com renda até dez salários mínimos, 17% dos endividados estão inadimplentes. Na outra ponta, entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o nível de inadimplência é de apenas 6%.
O levantamento também mostrou que, entre as famílias endividadas e inadimplentes, mais da metade (50,3%) estão atrasados há mais de 90 dias. Noutro extremo, uma parcela de 28% dos inadimplentes têm contas atrasadas até 30 dias. Em termos de comprometimento da renda, a pesquisa revela que, em 60,3% das famílias endividadas, as dívidas abarcam entre 11% e 50% dos ganhos familiares.
As dívidas comprometem mais de 50% da renda familiar em 18,8% dos grupos familiares. E em 15,9% das famílias, menos de 10% da renda está comprometida.
Fonte: Folha Online
