A Associação Paulista de Supermercados (APAS) estima que os consumidores da classe C, que totalizam aproximadamente 22 milhões de pessoas no Estado de São Paulo e composta por parcela da população com renda domiciliar média de R$ 2.295,00, apresentam potencial de consumo nos supermercados do Estado de R$ 54,6 bilhões em 2011. A estimativa foi realizada com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em pesquisa do Instituto Data Popular, divulgada nesta segunda-feira (8 de agosto), que traçou o perfil da nova classe média do País.
De acordo com o vice-presidente e diretor de Economia da entidade, Martinho Paiva Moreira, a estimativa do potencial de consumo no Estado de São Paulo é de, aproximadamente, R$ 330 bilhões em 2011. Deste valor, 16,5% é consumido nos supermercados paulistas.
Para Moreira, o incremento de mais pessoas na classe C diante de um cenário econômico positivo, com aumento de emprego e renda, refletiu na alta do consumo nos supermercados, já que parcela significativa da renda da população é destinada para a compra de alimentos e bebida.
“A tendência é de continuidade na expansão da classe C e isso determinará a continuidade do crescimento do consumo. Os supermercados estão atentos a esta evolução, disponibilizando mix de produtos para atender à demanda crescente pela diversificação de consumo da parcela da população que emerge para a classe C”, afirma o diretor.
Perfil da classe média
A classe média brasileira tem um potencial de consumo de R$ 1 trilhão por ano, valor equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) de Argentina, Portugal, Uruguai e Paraguai somados. A pesquisa do Instituto Data Popular – que ouviu 18 mil pessoas em 26 estados brasileiros – revela que cerca de 104 milhões de brasileiros, de uma população total de 193 milhões, compõem a nova classe média. Destes, 51% são mulheres e 48% pretos e pardos. A renda domiciliar média deste grupo é de R$ 2.295.
