A renda das mulheres brasileiras subiu em velocidade maior do que a dos homens entre 2002 e 2011. A alta foi de 68,2%, enquanto o rendimento dos homens ficou 43,1% maior no mesmo período. Os dados são de levantamento do Instituto Data Popular, divulgado nesta terça-feira (9 de agosto) durante o seminário “Tempo de Mulher”, em São Paulo.
O estudo, que considera dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, mostra ainda que a massa de renda das mulheres passou de R$ 412,4 bilhões, em 2002, para R$ 693,5 bilhões neste ano. “A mulher está estudando mais do que os homens, o que faz com que tenha um maior reconhecimento. Além disso, tem sido cada vez mais avaliada como uma profissional responsável e competente, o que também contribui para a sua valorização”, afirma o diretor do Data Popular, Renato Meirelles.
Apesar de ter crescido mais, a renda das mulheres ainda é inferior a dos homens. Em São Paulo, eles ganharam R$ 8,94 por hora em 2010, enquanto elas faturaram R$ 6,72. Em outras capitais do país o mesmo ocorre: em Salvador, por exemplo, a renda dos homens ficou em R$ 6,50 e a das mulheres em R$ 5,54. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A pesquisa mostra ainda que, na divisão por classe social, 47,1% da renda das mulheres vem de trabalhadoras da classe C (ganho domiciliar médio de R$ 2.295), seguidas pela classe A (média de R$ 14.203), com 22,2%. Outras 20,7% integram a classe B (R$ 6.070) e 9,6% são da D (R$ 940). Por último, apenas 0,5% são da classe E (R$ 273).
Fonte: Folha Online
