O presidente da APAS João Galassi, ao completar um ano à frente da APAS, faz um balanço de sua gestão e fala sobre a importância dos projetos desenvolvidos.
1) Que balanço o Sr. faz do seu primeiro ano na presidência da APAS?
Foi um ano de imensa satisfação pessoal pelo trabalho desenvolvido. Sou supermercadista e conheço as dificuldades e problemas que vivemos no dia a dia. Como presidente da APAS, consegui trazer para o debate algumas destas questões e conseguimos avançar. Juntamente com toda a diretoria, trouxemos para a mesa assuntos de amplo interesse do setor no Estado de São Paulo e o envolvimento de todos nos permitiu obter bons resultados. Registramos grandes conquistas em vários setores, desde o relacionamento com o poder público, fruto de um esforço institucional de aproximação, até a operação das lojas, consequência de capacitação e treinamentos desenvolvidos a partir de parcerias com institutos do Brasil e do exterior.
2) O Sr. esteve nos Estados Unidos e trouxe de lá uma metodologia de treinamento a distância. Qual a importância deste projeto já implantado pela APAS?
Fui a convite do Instituto IGA Coca Cola e fiquei fascinado pelas possibilidades da ferramenta, que facilita muito o trabalho de preparação dos nossos colaboradores para as tarefas operacionais dos supermercados. São dezenas de cursos operacionais que nos permitem capacitar sem que o colaborador tenha que se locomover. Ele faz o treinamento pela internet na própria loja, em horários alternados e com certificação. É um sistema flexível que não compromete o tempo de trabalho. O programa, que batizamos de E-Super, está sendo um sucesso, pois é eficiente e muito barato. A cada dia que passa mais empresas associadas assinam sua adesão ao sistema. É um projeto de grande interesse do setor.
3) Como o Sr. analisa a participação da APAS nas questões políticas de relevância para a sociedade?
A APAS, que este ano está comemorando seu 40º aniversário, sempre esteve na vanguarda da ação política setorial, pois entende que este é o seu papel. Outros presidentes que me antecederam desempenharam muito bem este papel. O que estou fazendo é dar continuidade.
4) A participação da entidade no Plano Brasil Sem Miséria é um exemplo desta ação?
Sem dúvida. Em maio deste ano, a pedido do presidente da Abras Sussumu Honda, recebemos na nossa feira a ministra Tereza Campello e promovemos a união dos supermercadistas em torno dessa grandiosa iniciativa que visa tirar da extrema pobreza 16 milhões de brasileiros. Em seguida, fui à Brasília no lançamento oficial do Plano e reiterei para a presidenta Dilma Rousseff o empenho e o apoio dos supermercados paulistas. Quando o governo federal lançou o Plano Brasil Sem Miséria Sudeste, assinei o documento com os presidentes da Amis José Nogueira, da Asserj Ailton Fornari e da Acaps, João Carlos Devéns.
5) A aproximação com o Procon-SP, resultando na criação de uma Câmara Técnica do Comércio Supermercadista, é outro exemplo?
Este foi um passo fundamental para mostrar aos consumidores, nossos clientes, e toda a sociedade que os supermercadistas têm responsabilidade e levam isso muito a sério. Os problemas que acontecem são decorrência de questões técnicas que estamos procurando solucionar com tecnologias avançadas como RFID e etiquetas eletrônicas. Enquanto isso não acontece, uma vez que essas ferramentas são importadas com alto custo, a APAS se compromete junto ao Procon de fornecer ao consumidor gratuitamente e na validade o produto igual ou similar ao que ele encontrar vencido na gôndola. Isso prova a boa fé dos empresários que trabalham para fazer tudo certo e atender da melhor maneira possível às necessidades de abastecimento da sociedade.
6) No plano empresarial, a APAS também tem se aproximado de outras entidades importantes e reconhecidas pela sociedade. Como o Sr. analisa os resultados dessa iniciativa?
A APAS é uma entidade de classe que representa 1,7% do PIB, o que não deixa nenhuma dúvida sobre sua importância para a economia brasileira. Em função dessa representatividade, temos sido convidados para participar de muitos eventos empresariais, como o Fórum de Comandatuba, promovido pelo Lide – Lideranças Empresariais. A participação neste evento foi extremamente importante para a APAS, pois conseguimos dar visibilidade à campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, chamando a atenção para o acordo que seria assinado poucos dias depois com o governo paulista na nossa feira, a APAS 2011.
7) Como o Sr. avalia o estágio atual da campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco?
Estamos empenhados em substituir as sacolas plásticas descartáveis por reutilizáveis em todo o Estado de São Paulo a partir de janeiro. Depois do sucesso do projeto piloto desenvolvido em Jundiaí, outras cidades como Monte Mor e Americana já aderiram e todo o Estado de São Paulo fará a substituição conforme o plano de ação da APAS, amplamente divulgado nos seus instrumentos de comunicação – portal, newsletter, blog, mídias sociais e revistas. Nossos associados estão cada dia mais conscientes dos propósitos da campanha e empenhados em disseminar a seus clientes a conscientização necessária para evitar a cultura do descarte e ajudar a preservar o meio ambiente.
8) A APAS tem participado ativamente de campanhas de interesse público. Qual a importância dessa ação?
Pela sua grande representatividade, uma entidade como a APAS tem também um compromisso maior com a sociedade. No momento, estamos nos dedicando a apoiar a campanha Pense Rosa, de prevenção ao câncer de mama. Sabemos que essa doença é grave, mas que pode ser curada se detectada no início. A campanha visa conscientizar as mulheres para que façam os exames preventivos. Toda a diretoria tem apoiado e isso é motivo de grande satisfação para todos. Há ainda o compromisso político com o governo do estado, pois esta é uma ação de ONGs parceiras do Fundo Social de Solidariedade, sob a coordenação da primeira dama paulista, Dona Lu Alckmin. Minha esposa Virgínia participa e se dedica a essa ação com muito entusiasmo.
9) Como o Sr. projeta o futuro das ações da APAS?
O que posso afirmar é meu compromisso irredutível de continuar honrando o nome da APAS toda vez que a entidade tiver que atuar em defesa do setor supermercadista, tanto no Estado de São Paulo como no Brasil.
