As comemorações de fim de ano aumentam expressivamente o movimento nos supermercados. Pensando nisso, o setor contrata colaboradores para ajudar no atendimento aos clientes. A expectativa desse ano é de que mais de 11,5 mil trabalhadores sejam contratados e o número só não é maior por falta de mão de obra qualificada.
Em 2010 foram criados 10.984 postos por conta do tradicional aumento da demanda provocado pelo Natal. Levantamento da Associação Paulista de Supermercados (APAS) constatou que o crescimento de vendas projetado para as festas de final de ano deverá ser de 6%, em comparação a igual período de 2010, e que 46% dos supermercadistas irão aumentar o número de colaboradores nos próximos meses. “No entanto, o setor encontra grande dificuldade na contratação de novos colaboradores em quase todos os tipos de vagas, desde operador de caixa até confeiteiro. A dificuldade é expressiva para as vagas especializadas como padeiro e açougueiro”, afirma o diretor de Economia da APAS, Martinho Paiva Moreira.
Capacitação
No Estado de São Paulo são gerados 240 mil empregos diretos e 800 mil indiretos no setor supermercadista. “Os números são expressivos e só não há um crescimento maior por falta de mão de obra qualificada”, informa Moreira.
“O setor trabalha exaustivamente para que esta lacuna seja suprida, principalmente através da Escola APAS”, ressalta. A Escola possui hoje uma grade completa de cursos que são ministrados nas Regionais e Distritais da entidade. Possui, ainda, capacitação online por meio do E-Super, uma parceria com o Instituto IGA Coca-Cola e patrocínio da Femsa. Além disso, distribui DVDs interativos para o treinamento nas lojas e facilita o deslocamento dos colaboradores, levando os consultores para as empresas (in company) ou até às cidades mais próximas (descentralizados).
Outro fator que dificultam as contratações são os elevados encargos trabalhistas, que inibem o empresário no momento da contratação. “Vale ressaltar que, com mão de obra qualificada e menor incidência de encargos trabalhistas, o setor teria condições de absorver mais funcionários, já que possui déficit de mão de obra”, detalha Moreira.