Descoberto pelo consumidor das classes C e D, que busca preços mais baixos, os atacarejos cresceram e viraram até prioridade entre grupos varejistas. O modelo alcançou no ano passado 1,8 milhão de lares a mais do que em 2010 e acumula mais de 12,2 milhões de consumidores, ou seja, 29% do total de clientes do setor.
Os dados fazem parte da pesquisa “Mudanças no Mercado Brasileiro”, realizada pela Nielsen, que estuda os canais de maior destaque do último ano e o novo comportamento de consumo brasileiro.
Para se ter uma ideia da importância dos atacarejos, na cesta de Higiene e Beleza, por exemplo, o porcentual de compra do consumidor final chega a 73%, contra 27% dos varejistas e transformadores. Do total das categorias, quando comparado ao hipermercado, o consumidor de Cash&Carry possui 57% a mais de frequência de compra e 73% a mais de intensidade de compra.
Investimento
Sem abrir novas unidades no ano passado, o Spani Atacadista conseguiu fazer suas vendas saltarem de R$ 485 milhões, em 2010, para R$ 862 milhões – alta de 77,7%. No Nordeste, a rede baiana Atakarejo, também com cinco lojas, fez sua receita avançar 30% no mesmo período, passando de R$ 306 milhões para R$ 440 milhões.
Segundo a Nielsen, o consumidor final já responde por mais da metade das vendas em volume nesse canal. Atraídos por preços de 10% a 30% mais baixos que os dos supermercados, pelo menos 3,6 milhões de pessoas (ou 1,8 milhão de lares) fizeram compras nos atacarejos pela primeira vez no ano passado.
Mas o valor total gasto pelo consumidor ainda é baixo. Do total que uma família destina para seu abastecimento, só 3,7% vêm do cash and carry, como também é chamado esse tipo de loja.
Cliente busca economia
De acordo com a pesquisa, o atacarejo é a resposta para economizar com itens de uso diário, como produtos de limpeza, papel higiênico, ou itens básicos, como carne, frios e perecíveis. Se na lista estão perfumaria ou produtos mais sofisticados, o canal é a farmácia. O supermercado e o hipermercado são o lugar para comprar pratos prontos e produtos semipreparados. Quando o consumidor precisa ser prático, a saída é o supermercado de bairro. Tanto que o crescimento desse canal de compras também tem ajudado o atacarejo a vender mais.
Acesse aqui a íntegra da Pesquisa “Mudanças no Mercado Brasileiro”.
Fonte: Agência Estado
