“Sou eu quem faço a governança da minha casa. Organizo minhas contas, meus compromissos, minhas compras e decido, por exemplo, qual o melhor horário pra vir ao supermercado. Dá trabalho. Tudo isso porque somos nós quem decidimos o que é melhor para nossas vidas”, fala Max Fercodini, ao abrir reportagem do Globo Ecologia. O ator, que também é repórter do programa, faz compras em um supermercado no vídeo e indaga consumidores sobre o uso de ecobags.
“Já utiliza sacolas reutilizáveis? Sabe o que é uma sacola biodegradável”, pergunta. Ao falar sobre governança nas casas, Fercondini faz referência às governanças mundiais. Ele cita a campanha de substituição das sacolas descartáveis nos supermercados paulistas como exemplo e convida para o debate sobre o assunto no Rio+20, em junho próximo. O encontro de governantes mundiais será realizado no Rio de Janeiro 20 anos depois da Eco 92 e discutirá ações em proteção ao meio ambiente. “Em uma escala muito maior [que a de nossas casas] existe a governança para o desenvolvimento sustentável do planeta. Um jeito criado para que as organizações redesenhem e organizem as atividades e os projetos ligados ao meio ambiente”, explica.
O secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo Eduardo Jorge também participa da reportagem e fala sobre a importância da iniciativa dos supermercados: “Isso é um começo. Não só São Paulo, mas o Brasil inteiro vai começar a discutir sobre o descarte de materiais. A indústria tem que se mover. Aqui em São Paulo já existem acordos de vários setores com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente”, diz.
As grandes vilãs
Serginho Groisman, apresentador do programa Globo Ecologia, lembra que mudanças de comportamento demandam tempo e conscientização. A reportagem explica as consequências trazidas pelo mau uso das sacolas descartáveis e chama a atenção para a necessidade de novas práticas sustentáveis. “As sacolinhas se tornaram as vilãs do meio ambiente, pois demoram 100 anos para se decompor e antes disso ainda poluem as águas, contaminam os mananciais e entopem os bueiros. O grande problema é como descartamos e reutilizamos as sacolinhas”, diz Fercondini.
“Somos bilhões de consumidores, imagine a força que vem de baixo pra cima. Temos que mudar não para viver pior, mas para viver melhor hoje e garantir que nossos filhos, netos e bisnetos também tenham essa chance”, incentiva o secretário Eduardo Jorge.
Assista aqui à íntegra da reportagem que foi ao ar no dia 28 de abril.
