Cerca de 92% dos consumidores de Belo Horizonte, em Minas Gerais, utilizam sacolas reutilizáveis quando fazem suas compras nos supermercados da capital. O modelo mais utilizado é confeccionado com o uso de ráfia, tem capacidade média de 15 quilos de carga e dimensões médias de 50 cm de altura por 40 cm de largura. Os dados são de levantamento da Associação Mineira de Supermercados (Amis) como parte da avaliação do primeiro ano de implantação de lei municipal na capital mineira – completado em abril – que incentivou o uso de sacolas reutilizáveis.
O mesmo levantamento aponta que, com a forte adoção pelos consumidores do uso da sacola reutilizável, a utilização da descartável caiu para níveis mínimos nos supermercados. De uma utilização de 450 mil sacolinhas descartáveis por dia nos supermercados antes da lei, o consumo caiu para 13 mil sacolinhas atualmente, ou seja, uma redução de 97% em um ano.
Com a atenção voltada para o potencial do mercado que se abriu para a sacola reutilizável em Belo Horizonte – que deve se estender em breve para todo o Estado por meio de lei estadual – o Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e a Associação Mineira de Supermercados (Amis) estão unidos no projeto “Sacolas de Minas – Artistas Solidários”. Trata-se de uma coleção de 10 sacolas reutilizáveis que reproduz obras oferecidas voluntariamente por consagrados artistas plásticos mineiros. Elas serão vendidas em supermercados de todo o Estado e terá parte da renda revertida para os projetos sociais do Servas. A ação reúne arte, solidariedade e ecologia.
As sacolas da coleção já estão à venda nas lojas de Belo Horizonte e em várias cidades do interior.
Artistas
As sacolas reutilizáveis têm obras reproduzidas dos artistas Amilcar de Castro, Fernando Lucchesi, Fernando Pacheco, Fernando Velloso, Jorge Fonseca, Jorge dos Anjos, José Octavio Cavalcanti, Marco Túlio Resende, Thaís Helt e Selma Weissmann. O modelo adotado é justamente o de maior aceitação no mercado: capacidade de carga de cerca de 15 quilos, dimensão 50×40 cm e feita com ráfia.
Ser solidário e ecologicamente correto também é ter estilo e a expectativa do Servas e da Amis é que a população mineira abrace essa iniciativa. Parte da renda da venda das sacolas chegará a crianças, jovens, adultos e idosos atendidos em instituições sociais de Minas Gerais.
