O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, participou de uma reunião com os varejistas associados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e comprometeu-se a analisar alternativas para que o BNDES flexibilize mais empréstimos para o varejo. A Associação Paulista de Supermercados (APAS) ratifica e apoia o pedido do IDV, uma vez que o varejo fomenta o mercado interno, gera frentes de trabalho e é o segundo maior empregador do País, perdendo apenas para as instituições financeiras.
“O governo tem um conjunto de alavancas para sustentar e acelerar o investimento. O Brasil continuará crescendo, assim como o setor varejista”. Esta, aliás, segundo o IDV, é uma reivindicação. “O varejo necessita de mais linhas de crédito e precisa ser tratado como prioridade, pois é ele que investe em logística e gera empregos, sendo o segundo maior empregador do País”, disse o instituto em nota.
O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que a nova linha de crédito para financiamento de material de construção entrará em vigor até junho. “Vamos definir a nova linha na próxima reunião com o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); isso acontecerá o mais rápido possível”, garantiu. Ribeiro afirmou que a nova linha terá menos exigências e burocracias.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou esta semana que o crescimento das vendas do setor, da ordem de 5%, está em ritmo bom, mas que as empresas reclamaram de falta de crédito e de que a linha atual, que conta com R$ 1 bilhão e juros de 12% ao ano, tem muitas condicionantes colocadas pelo Conselho do FGTS.
O spread – diferença entre o que o banco paga e cobra – da linha é outro problema, pois seria pouco atrativo para os agentes financeiros. Para operacionalizar os financiamentos, os bancos tomariam recursos do FGTS à taxa de 8,5% ao ano, enquanto o valor cobrado dos clientes seria de 12% ao ano. O ministro Aguinaldo Ribeiro afirmou que este fator também será discutido e analisado. “Faremos o possível para atender às demandas. Queremos atingir todos os objetivos propostos.”
