A APAS – Associação Paulista de Supermercados analisa que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), em reduzir a taxa Selic para 8,5% ao ano condiz com o ambiente macroeconômico vigente. Por mais uma vez, alguns setores da atividade econômica, entre eles o comércio e mais especificamente, os supermercados, se antecipam de maneira assertiva à decisão do BC em reduzir a taxa básica de juros.
A taxa básica de juros, definida pelo Banco Central, é a menor taxa que o Brasil já teve desde março de 1999, quando a Selic passou a ser usada como meta da política monetária. Com a queda, o Brasil atinge taxa de juros real de 2,8% ao ano (já descontada a inflação de 5,7% nos próximos 12 meses). Deste modo, o país é a terceira maior taxa de juros real do mundo, perdendo apenas para Rússia (4,1% de juros real) e China (3,1% de taxa de juros real).
O fraco desempenho da economia e a preocupação com o cenário externo estão por trás da decisão do BC de continuar os cortes, já que a economia brasileira não pode sofrer de maneira abrupta as consequências desta crise econômica e financeira.
Pesquisa de confiança
A Pesquisa de Confiança dos Supermercados, realizada pela APAS, sinalizou em maio que a expectativa futura dos entrevistados é de que as taxas de juros sejam menores que as atuais. A pesquisa é coletada junto aos associados da entidade, representando 85% do faturamento do setor supermercadista do Estado de São Paulo. Em maio, para 59% dos entrevistados a expectativa é de otimismo com relação à taxa de juros no futuro, ou seja, esperam uma taxa de juros menor, o que aumenta o incentivo ao investimento produtivo.
Os riscos de um aprofundamento da crise e até mesmo do prolongamento desta crise mundial pode afetar negativamente a atividade econômica mundial, e consequentemente, reduzirá o ritmo de expansão da economia brasileira. Por isso, a redução dos juros se faz necessário para manter a economia brasileira o mais distante possível da crise mundial, por meio da ativação do mercado interno.
