Apoiado na expansão do mercado de trabalho neste final de ano e da renda, o setor varejista tem apresentado resultados de vendas satisfatórios em 2012. Mesmo com a previsão de um crescimento da atividade econômica menos vigoroso e a manutenção de um cenário externo conturbado, o setor deve apresentar taxa de crescimento igual ou ligeiramente superior a 2011, que foi de 6,7%.
Nestes dois últimos meses do ano, em virtude das vendas de Natal o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), aponta alta de 9,2% em novembro, e 9% em dezembro, na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Já para janeiro de 2013, a expectativa é de que haja um aumento de 7%, também em relação ao mesmo mês deste ano.
De acordo com os associados da entidade, em outubro houve alta de 4,5%, em comparação com as vendas do mesmo período do ano anterior. Assim como ocorreu em setembro, o crescimento nas mesmas lojas também foi negativo (2,16%), o que comprova que o aumento das vendas tem se baseado na expansão da rede de lojas.
Apesar de apontar forte desaceleração em outubro, o varejo de não-duráveis continua a se destacar, com alta de 8,9% em novembro. Para os próximos meses, os associados também estimam taxas de dois dígitos, com 13,2% de crescimento em dezembro e 12,2% em janeiro. É importante lembrar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nos indicadores de varejo do IBGE, pois contribuem entre 40% e 50% no índice da Pesquisa Mensal do Comércio.
Já o setor de bens semiduráveis (vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos) tende a apresentar desempenho melhor nos meses subsequentes em relação à media anual. Os associados apontam expansão entre 7,2% e 9,7% de novembro a janeiro.
No varejo de bens-duráveis (como móveis, eletrodomésticos, material de construção, etc.), influenciado pela expansão de crédito, as taxas de crescimento devem ser de 5,3% a 9,3%. Vale lembrar que o governo prorrogou o prazo da redução da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até 31 de dezembro de 2012 para a linha branca, móveis e laminados, luminárias e papéis de parede. Assim, espera-se que o desempenho do segmento continue pelo menos em linha com o observado até o momento.