A presidenta da República Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (8 de março) que o governo não vai mais cobrar impostos federais sobre os produtos da cesta básica. O brasileiro gasta, em média, 20% de tudo o que ganha com alimentação.
Carnes, ovos, café, óleo, manteiga, açúcar e papel higiênico vão deixar de pagar 9,25% de PIS-COFINS; pasta de dente e sabonete, 12,5%. A maioria desses produtos já não paga IPI. Agora, açúcar e sabonete também vão deixar de pagar os 5% do Imposto sobre Produtos Industrializados.
Com a medida, só este ano o governo vai deixar de arrecadar R$ 5,5 bilhões, e mais ainda no ano que vem, segundo a presidenta. “O governo abre mão de R$ 7,3 bilhões em impostos por ano, mas os benefícios que virão para a vida das pessoas e para a nossa economia compensam esse corte na arrecadação”, afirmou Dilma.
Para o economista Mansueto Almeida, a redução de impostos também deve ajudar no combate à inflação, que chegou a 6,3% no acumulado dos últimos 12 meses. “Isso pode reduzir o índice de inflação em até 0,4 ponto do PIB. Ou seja, se a inflação for 5,8%, apenas por essa medida seria reduzida em um ano para 5,4”, diz. A isenção de impostos sobre os produtos da cesta básica entrou em vigor neste sábado (9).
Reunião com setores varejistas
Nesta segunda-feira (11), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se com representantes das redes de supermercados e da indústria de alimentos para alinhar o repasse ao consumidor.
A desoneração e a ampliação dos produtos da cesta básica já tinham sido solicitadas ao governo pelo setor há mais de um ano. O segmento via a necessidade de baratear produtos com índice de penetração de mais de 90% no consumo das famílias, o que também inclui itens de higiene pessoal, que passaram a fazer parte da cesta. Assim, o anúncio atende ao pedido dos varejistas, que veem a possibilidade de crescimento nas vendas.
Veja aqui a íntegra da medida.
Fonte: G1 e Portal Abras
