O setor de supermercados, representado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apresentou ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Fernando Pimentel propostas para a melhoria do relacionamento entre o varejo, a indústria e a sociedade, durante audiência em Brasília nesta quarta-feira (15 de maio). O presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS) João Galassi, também conselheiro fiscal da Abras, esteve presente e manifestou apoio ao Plano ABRAS Maior.
“Trazemos mais uma proposta ao Governo Federal, após sermos atendidos com a desoneração da cesta básica, em março deste ano. Nosso objetivo é fortalecer e integrar toda a cadeia supermercadista”, afirmou Galassi.
Na oportunidade, o presidente da Abras Fernando Yamada apresentou o Plano ABRAS Maior. “Com o sucesso do programa, todos tendem a ser beneficiados: o consumidor ganha mais opções, o varejo cresce, a indústria amplia a sua produção, a agricultura se fortalece. E a economia brasileira ganha mais vigor”, destacou.
Entre as demandas do setor supermercadista apresentadas na reunião com o ministro estão: a inclusão dos equipamentos estacionários motorizados, por exemplo, gôndola e expositores, equipamentos fixos dos supermercados no Finame; linha especial de financiamento para o setor junto ao BNDES com taxas competitivas; desoneração na contribuição patronal de 20% para 15% sobre a folha de pagamento; desoneração de IPI, PIS e Cofins de equipamentos para montagem de lojas de supermercados.
O Ministro recebeu o plano ABRAS Maior manifestando apoio ao setor supermercadista, que em 2012 foi responsável por 5,5% do PIB brasileiro. A meta é atingir 6% do PIB em 2014.
Também participaram da audiência o secretário do MDIC Humberto Luiz Ribeiro, e a secretária do Desenvolvimento da Produção do MDIC Heloísa Regina Guimarães de Menezes. Representaram a Abras, além do presidente Fernando Yamada e do conselheiro fiscal João Galassi, o vice-presidente da Abras e presidente da Associação Mineira de Supermercados (Amis) José Nogueira, a vice-presidente da Abras e vice-presidente de Assuntos Corporativos & Sustentabilidade do Walmart Brasil Daniela de Fiori, o diretor de Relações Institucionais do Walmart Brasil Carlos Ely, e o diretor de Relações Institucionais da Abras Alexandre Seabra.
Outras reinvindicações
Os diretores também apresentaram alguns entraves para o desenvolvimento do setor, como a Lei do Caminhoneiro (Lei 12.619/2012) que gera um aumento de custos e reflexo nos preços dos produtos ofertados nas prateleiras dos supermercados, a falta de regulamentação para a terceirização da mão de obra. A entidade pediu também condições para a adequação do setor supermercadista a Norma Regulamentadora – NR 12 e solicitou, ainda, a criação de grupo de trabalho Tripartite do governo, com representantes da indústria e do comércio, além de um cronograma de implementação dos produtos essenciais.
Outro item que merece destaque na lista de solicitações da Abras é a regulamentação dos meios de pagamentos: os supermercados brasileiros pedem a implementação de tarifa única sobre cada transação com cartão de débito, redução da taxa e do prazo de reembolso dos cartões de crédito e tarifa zero para Voucher.
