O consumidor vai para o supermercado, porém, chegando lá, aproveita e deixa a roupa no conserto ou na lavanderia enquanto faz as compras. Depois, aproveita para pagar contas em uma lotérica, tira a cópia de um documento e ainda faz uma refeição. É cada vez mais comum ver as grandes redes transformadas em minishoppings.
“São atividades que agilizam a vida do cliente. Para o lojista, tem a vantagem de sua marca ser de interesse para o consumidor do supermercado”, explica o presidente da Associação Brasileira de Franchising no Rio (ABF-RJ), Beto Filho.
Das quase 500 lojas que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) tem no país, cerca de 300 são como galerias, contabiliza a gerente geral de Galerias Comerciais da GPA Malls&Properties, Isadora Sbrissa. Neste contexto, a empresa foi além e inaugurou, em junho passado, na Barra da Tijuca (RJ), o Conviva Américas – que integra compras, serviços e alimentação.
O professor de Merchandising e Promoção da ESPM, Eduardo França, explica que essa transformação tem muito a ver com a dificuldade de mobilidade nos grandes centros urbanos e a falta de tempo dos consumidores. “As pessoas têm cada vez menos tempo e a mobilidade não é fácil. Em vez de estacionar e comprar em diversos lugares, as lojas estão concentradas dentro desses polos, que viram uma grande oportunidade de negócio”.
As franquias são muito comuns nesses espaços. Um atrativo para os empresários, segundo Beto Filho, é o preço do aluguel “de 35% a 45% mais em conta no supermercado em relação ao shopping”.
Foto: entrada do Conviva Américas, na Barra da Tijuca (RJ)
Fonte: Globo.com
