O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS)/FIPE, apresentou queda de 0,24% em agosto se comparado ao mês anterior. Nos últimos 12 meses, a alta dos preços nos supermercados foi de 7,16% e, no acumulado do ano (de janeiro a agosto), foi registrada uma elevação de 1,23%. Aliado a desaceleração verificada em junho (- 0,14%) e julho (- 0,70%), o comportamento dos preços em agosto contribuiu para uma maior estabilidade da inflação no acumulado deste ano em relação ao mesmo período de 2012 – 1,23% contra 3,93%.
A desaceleração em agosto esteve diretamente relacionada à queda nos preços dos produtos in natura (- 0,85%) e dos produtos industrializados (- 0,13%), tais como óleos em geral e derivados da carne, que foram resultados da evolução natural do cultivo e colheita em diversas culturas, diante de temperaturas sem grandes oscilações ao longo do mês.
Os preços dos semielaborados (carnes, cereais e leite) ficaram estáveis ao longo do mês de agosto e algumas categorias apresentaram retração nos preços, tais como as carnes bovinas (- 2,89%), resultado da maior oferta do produto no mercado interno; cereais (-1,89%) e o feijão (-10%), que vinha apresentando elevação dos preços ao longo dos últimos meses. Outras categorias apresentaram elevação nos preços, como por exemplo, aves (2,62%) e leite (4,55%). O preço dos produtos industrializados apresentou queda de 0,13% – resultado do decréscimo no valor de derivados de carne (-1,60%) e de óleos em geral (3,05%). Este resultado reforça que a evolução do preço dos industrializados mantem-se estável.
Em agosto, as variações negativas estiveram presentes em 49,09% dos itens, de acordo com o índice de difusão (proporção das variações de preços negativas), ficando acima da média – que é de 43,46%. Desde a criação do Plano Real, em 1994, o IPS/APAS apresenta variação acumulada de 142,95%, o IPC-FIPE tem aumento de 252,85% e o IPA/FGV tem variação de 482,57%. Desta forma, a evolução dos preços ao longo dos anos aponta uma elevação mais moderada no setor supermercadista, levando-se em consideração a característica peculiar de concorrência, na qual os ganhos de eficiência e produtividade possibilitam preços mais competitivos.