Como é o mercado de pagamentos no Brasil? Quais os players deste setor? Quais as consequências para os supermercadistas? E para os consumidores? Estes questionamentos foram feitos pelos estudantes de MBA da University Columbia NY – Alexandre Cheval, Kendrick Hung, Alexander Fankuchen e Pei Yin –, que, em busca de subsídios para realizar um estudo sobre o mercado de pagamentos no País, estiveram presentes na Sede da APAS para abordar o tema no âmbito dos supermercados. Os estudantes foram recebidos pelo gerente Administrativo da Associação, Eduardo Ariel Grunewald.
Após uma apresentação institucional da APAS, Eduardo Ariel Grunewald iniciou sua explanação acerca do tema. “O mercado de cartões no País saiu recentemente de uma operação com características extremamente concentradas, migrando para uma operação em que novos entrantes possam participar – ação esta que, na visão da APAS, é benéfica para os supermercados, a partir da possibilidade de redução de taxas e ajustes de prazos de repasses de vendas realizadas a longo prazo”, disse aos estudantes.
Grunewald comentou que o atual modelo de meios de pagamento no Brasil deve ser aprimorado, pois hoje temos um dos custos mais caros dos países da América Latina, segundo pesquisa realizada pela ABRAS. Afirmou também que as taxas de cartões de débito são extremamente caras, para um baixíssimo risco, comentando que o ideal deve ser cobrar um valor fixo e não um percentual, principalmente os percentuais aplicáveis hoje.
O gerente Administrativo da APAS ainda explicou que os novos entrantes já iniciaram a operação no País ou ainda potencializaram operações existentes, além, é claro, da chegada de novos players. Entretanto, ressaltou que “estas ações ainda não refletiram muito com resultados efetivos para os supermercados”, disse.
Apresentou o atual modelo dos cartões alimentação e refeição, com taxas muito altas para os supermercados e taxas negativas para as empresas que fornecem aos seus funcionários, dentre eles para órgãos públicos e prefeituras, com repasse direto para as taxas cobradas dos supermercados.
Como iniciativa recente da APAS, Grunewald falou sobre o lançamento do Cartão Alimentação – fruto da parceria entre APAS, Facesp e Associação Comercial de São Paulo (leia mais aqui). Apresentado a supermercadistas, fornecedores da indústria, autoridades e imprensa durante os Eventos de Lançamentos da Feira APAS 2014, realizados nas Regionais e Distritais da Associação, o novo produto permitirá que os supermercadistas possam disponibilizar o serviço de vale alimentação e refeição com uma taxa de apenas 1,8% – custo 60% inferior à maioria dos valores praticados atualmente, cujas taxas giram em torno de 4,5%, podendo chegar até 8%.
Por fim, o gerente Administrativo da APAS foi questionado sobre os pagamentos realizados em dinheiro e cheque, que, de forma crescente, migram para a utilização de cartões de crédito e débito. “Esta ação onera a operação supermercadista”, concluiu.
Leia mais aqui:
APAS debateu o tema no 8º CMEP – Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento