De acordo com levantamento da Associação Paulista de Supermercados (APAS), a partir de dados do Índice de Preços dos Supermercados (IPS/APAS), comer arroz e feijão em casa nos primeiros cinco meses de 2014 está mais caro.
De janeiro a maio deste ano, o preço do arroz subiu 4,85% e o preço do feijão teve alta de 6,44%. A elevação no preço do arroz apresentou o seguinte comportamento: janeiro (1,73%), fevereiro (1,04%), março (0,60%), abril (-0,07%) e maio (1,46%). Do mesmo modo, o preço do feijão teve comportamento similar, desta forma: janeiro (-4,67%), fevereiro (-4,69%), março (11,62%), abril (6,03%) e maio (-1,01%).
No caso do arroz, o aumento se deve a um processo de pressão sobre os custos de produção (salários e demais fatores), diante da elevação geral dos preços medidos por meio do IPCA (índice oficial de inflação brasileiro). Entretanto, os preços costumam apresentar variações ao longo do ano e a tendência para os próximos meses é de estabilidade – e até mesmo queda. Os produtores, em um movimento de oferta e demanda, com o objetivo de elevar o preço, vinham adiando a venda da colheita em busca de melhores preços, porém, como os preços subiram de maneira expressiva, houve redução na demanda pela indústria e pelos atacadistas, forçando assim a venda do produto, que tende a trazer os preços para patamares inferiores, contribuindo para uma inflação mais moderada.
No caso do feijão, o aumento nestes primeiros meses está relacionado a uma recomposição dos preços, já que em 12 meses o item apresentação retração de 43% nos preços. No entanto, desde o fim de 2013, os preços estão sendo pressionados e, nos cinco primeiros meses deste ano, a inflação tem se intensificado. Desta forma, a tendência no caso do feijão é de continuidade no processo de elevação do preço, diante do clima mais seco em 2014. Com o clima mais seco, os custos de produção se elevam, uma vez que se faz necessário mais irrigação para manter a oferta e a qualidade do produto.
A elevação dos preços destes alimentos impacta diretamente do bolso do consumidor, por se tratar de ingredientes básicos do prato típico da população brasileira.
