Na última quarta-feira, 29, o presidente do Conselho Consultivo da ABRAS, Sussumu Honda, reuniu jornalistas na sede da entidade, em São Paulo, para passar dados e números referentes ao setor supermercadista. Por exemplo, no acumulado do ano, de janeiro a setembro, as vendas cresceram 1,77% ante o mesmo período de 2013. Se levarmos em consideração apenas o mês de setembro, a elevação foi de 2,91%.
“A taxa de desemprego continua baixa, tendo atingido 4,9% no mês, o que contribui com o desempenho do setor. Estamos confiantes com as vendas dos próximos meses que antecedem as festas de final de ano e mantemos nossa expectativa de crescimento de vendas em torno de 1,9% para 2014”, destacou Sussumu Honda.
O presidente do Conselho Consultivo da ABRAS destacou o ótimo desempenho do setor em agosto, que contou com cinco finais de semana, e a surpresa obtida em setembro. “Era um mês em que tínhamos uma incógnita, mas a sinalização foi boa”, explicou.
Para o Natal, a entidade projeta um crescimento das vendas na ordem de 14,1%. Cerveja é o item com o previsão de maior procura. “Após períodos como a Copa do Mundo e as eleições, que interferiram na frequência de compra nos supermercados, é esperada uma retomada maior do consumo motivado pelas festas. No geral, as encomendas seguem fortes e acreditamos que Natal e Reveillón serão de grandes vendas para o setor”, disse Honda.
Impactos com a reeleição da presidente Dilma
Sussumu Honda ainda avaliou o cenário econômico atual e futuro do País mediante o resultado das eleições presidenciais. Na opinião do supermercadista, a presidente Dilma Rousseff deve realizar as mudanças necessárias no âmbito da macroeconomia, inclusive no que diz respeito aos ajustes fiscais e correção dos preços.
“Acho que teremos boas notícias na economia do País até o final do ano. Creio que a situação atual é difícil, mas não dá para acreditar que ficará pior. Além disso, o varejo alimentar tem uma relação diferente com o mercado, que ainda pode ser favorecida com a queda no consumo de outros tipos de produtos e serviços, como viagens, eletrodomésticos, carros, entre outros”.
Ainda de acordo com Sussumu, o setor deve fechar o ano de forma positiva. “A projeção é crescer quase 2% em uma economia que não crescerá quase nada em 2014”, concluiu.