As redes de adquirência, segmento que conta com empresas como Cielo, Rede, GetNet, Elavon e First Data, prestam dois tipos de serviços aos supermercados: O primeiro, chamado de serviço de adquirência, tem suas condições comerciais contratadas com as próprias empresas de adquirência, sendo que estes serviços são prestados para os cartões de crédito e débito. As empresas de adquirência também prestam serviços de VAN (Value Added Network) para as empresas de voucher/benefícios, dentre elas, as de cartões alimentação e refeição. Para os adquirentes, os serviços de VAN são apenas trâmite das informações entre o supermercado e a empresa de voucher/benefícios, sem a negociação das condições comerciais.
“Para estes casos, recomendamos que os supermercados mantenham contato diretamente com cada empresa de cartões alimentação e refeição (Alelo, VR, Ticket, Sodexo, Visa Vale, dentre outras), a fim de negociar as condições comerciais”, afirmou o diretor Jurídico da APAS, Roberto Longo.
Longo ainda explica que, caso o supermercado não tenha negociado as condições comerciais com as empresas de cartões alimentação e refeição e efetivarem uma venda, esta terá condições comerciais padrão, eventualmente, com taxas maiores do que as negociadas diretamente com as empresas de cartões.
“Caso o supermercadista não queira vender em algum cartão alimentação específico, pode travar as vendas realizadas no TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) de forma sistêmica, por meio do do BIN (Bank Identification Number), que são os seis primeiros números que identificam a administradora dos cartões ou solicitar a suspenção diretamente com as empresas de cartões alimentação e refeição”, ressalta o diretor Jurídico da APAS.
Para as vendas realizadas pelo POS (Point of Sale), é possível solicitar a suspenção diretamente com as empresas de cartões alimentação e refeição, restando também apenas a opção de orientação à equipe e comunicação ao consumidor.
Cartão para desonerar os supermercadistas
Em março de 2014, foi lançado o Cartão Alimentação, que, fruto da parceria entre APAS, Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e Associação Comercial de Campinas, foi idealizado com o propósito de reduzir as taxas praticadas atualmente no setor.
O novo cartão permite que os supermercadistas possam disponibilizar o serviço de vale alimentação e refeição com uma taxa de apenas 1,8% – custo 60% inferior à maioria dos valores praticados atualmente, cujas taxas giram em torno de 4,5%, podendo chegar até 8%. O projeto, que já está implantado nas cidades de Campinas, Assis e Guarulhos, deverá se estender a todo Estado de São Paulo.