Desde o final da década de 1970, é baixo o crescimento da produtividade no Brasil. A constatação foi publicada no primeiro volume da série Produtividade no Brasil, intitulado Desempenho, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e que analisa a evolução dos indicadores de produtividade da economia brasileira. O segundo volume será lançado no primeiro semestre de 2015.
Entre os anos de 2003 a 2010, a retomada do crescimento econômico e a melhoria dos termos de trocas internacionais possibilitaram a recuperação de ganhos relativamente elevados de produtividade. Contudo o livro identifica que o crescimento do PIB será cada vez mais dependente de aumentos na produtividade do trabalho.
O estudo também aponta que a produtividade da economia brasileira pouco cresceu devido ao pequeno avanço da produtividade nos setores econômicos. Entre os fatores de maior impacto sobre a produtividade no Brasil estão a tecnologia, a qualidade da mão de obra, as deficiências de infraestrutura e o ambiente de negócios.
A produtividade será o tema da Feira APAS 2015, e empresas ligadas à cadeia do abastecimento já comentam a relevância dessa discussão no setor varejista brasileiro.
O presidente da Flora Cosméticos e da Holding J&F, Joesley Batista, defende que a produtividade é o grande desafio para o Brasil e para as empresas brasileiras. “Não só para os fabricantes, mas para os supermercadistas também”, destaca o empresário.
“É fazer mais com menos, é nós conseguirmos, ano após ano, os melhores produtos com preços mais acessíveis. Esse é o desafio que o mundo inteiro tem, e, para o Brasil, sem dúvida, é um assunto de grande importância”, discorre Batista.
Na Danone, produtividade é assunto imprescindível, como aponta o diretor de vendas da empresa, Wilson Roberto Simplini (foto).
“Trabalhamos com produtos refrigerados que têm uma validade que varia entre 28 e 40 dias. Eu preciso trabalhar com eficiência e produtividade, porque se eu não conseguir essa combinação, não consigo entregar os produtos com o frescor necessário”, aponta Simplini.
Desse modo, Simplini diz que a empresa tem o maior interesse que a produtividade seja discutida no varejo. “Para os supermercadistas, também é de fundamental importância otimizar os recursos que eles têm, até porque todo mundo tem uma necessidade econômica de otimizar as operações”, conclui.
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