Na segunda-feira, 22 de julho, o programa Cidades e Soluções, da GloboNews, apresentou reportagem especial sobre a redução do uso de sacolas plásticas no mundo. O ponto de partida da matéria foi a recente meta de redução da distribuição das sacolas plásticas na União Europeia, com o exemplo alemão – onde o consumo é dez vezes menor do que no Brasil. A nova legislação municipal em São Paulo também foi alvo do programa, trazendo entrevistas de representantes da APAS, do Procon-SP e da Prefeitura da capital paulista.
A reportagem traça um paralelo entre Alemanha e Brasil. Um dos entrevistados na Alemanha é uma brasileira, doutora em literatura, defendendo que “a cobrança das sacolas faz com que, mesmo quem não esteja interessado no meio ambiente, reduza o seu consumo”. No país europeu, apenas os sacos plásticos muito finos, destinados à embalagem de verduras e legumes, são gratuitos. Ela mostra que os condomínios têm interesse na reciclagem porque o lixo não reciclável tem coleta mais cara. “Reciclar é bom, mas não gastar é melhor”, conclui.
A reportagem mostra também um ranking europeu no uso de sacolas plásticas e apresenta o caso da Irlanda, onde o consumo individual é o menor da região – 20 ao ano – depois de o país ter criado uma taxa de R$ 0,70 por unidade. Desde então, o uso despencou 90%. Já cada cidadão de Portugal, Polônia e Hungria consome, em média, 500 unidades por ano.
No Brasil, o programa apresenta uma estimativa da Prefeitura que aponta o consumo individual de 708 sacolas ao ano. A matéria explica a nova legislação, menciona as sacolas regulamentadas e cita que a lei não fala sobre a cobrança dos novos modelos. Carlos Correa, superintendente da APAS, explica que as sacolas anteriores sempre foram cobradas, inseridas no custo operacional. E que agora há uma situação mais transparente e justa, aplicada apenas àqueles que não levam seus próprios meios de transporte de mercadorias.
Em seguida, o programa cita o acordo firmado ente o Procon-SP e a APAS para melhor adaptação dos consumidores. A diretora da entidade, Ivete Ribeiro, detalha os pontos do acordo e defende a nova legislação. “O cidadão quer conforto nos dias atuais, mas é preciso responsabilidade com as gerações futuras. E isso cabe a todos nós”.