Região com grande concentração de brasileiros no Líbano, o Vale do Bekaa também oferece a possibilidade de levar um pouco do Brasil para o país árabe. Fundado pelo libanês Youssef Sahily, o Brasil Supermarket oferece comidas, bebidas e roupas brasileiras em duas unidades, uma na cidade de Rayak e outra em Chtaura.
“Cerca de 40% dos produtos são brasileiros. Temos pão de queijo, coxinha, chocolates da Bauducco, da Garoto, guaraná Antarctica e Xereta, café Pelé, água de coco, arroz Tio João, feijão, roupas da Hering, etc.”, conta Hussein Sahily, filho de Youssef.
Nascido no Brasil, enquanto seus pais moravam em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Hussein não é fluente em português, língua que não pratica desde os seis anos de idade, quando voltou ao Líbano. Já seus pais continuam falando o idioma com os clientes do supermercado. “Muitos brasileiros vêm ao nosso supermercado, então, eles [os pais] os atendem em português”, conta.
Hussein conta que a família tem parentes no Brasil. Quando morou aqui, seu pai trabalhava no ramo de atacado. Ao voltar ao Líbano, resolveu montar o supermercado tendo o irmão como sócio. Hoje, seis membros da família ajudam a tocar o negócio, incluindo Hussein.
A primeira loja, em Rayak, foi aberta em 1998. A segunda, de Chtaura, foi inaugurada no ano passado. “Há brasileiros que moram aqui e fazem coxinha e pão de queijo. Eles vendem os produtos congelados para nós”, revela o empresário. De acordo com ele, além dos brasileiros que vivem no Vale do Bekaa, o supermercado também atrai turistas do Brasil.
Alguns dos produtos, diz Hussein, são importados pela família diretamente do Brasil, enquanto outros são comprados com distribuidores no Líbano. Itens como roupas, toalhas e lençóis estão entre os que são adquiridos com fabricantes brasileiros.
Estes produtos, aliás, fazem bastante sucesso nos supermercados, conta o empresário. “São marcas boas, feitas 100% de algodão, que as pessoas daqui gostam. Mesmo os que não conhecem as marcas, compram e recomendam que os outros [clientes] também comprem”, afirma.
Fonte: www.anba.com.br