O faturamento do setor supermercadista brasileiro em 2007 foi de R$ 136,3 bilhões, o que representa um aumento real de 6% e nominal de 9,8% em relação a 2006. É o que divulgou hoje a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), em seu 31º Ranking. O levantamento mostra que, em 2007, o número de lojas atingiu 74.602 pontos de auto-serviço (aumento de 1,2% em relação a 2006), com 868.023 funcionários (crescimento de 3,6%) e área de vendas de 18,8 milhões de m². O lucro líquido médio, em 2007, ficou em 1,7% sobre o faturamento, ainda abaixo da média histórica de 2%.
Devido ao intenso movimento de fusões e aquisições ocorrido em 2007, o ranking mostra um aumento no percentual de concentração de mercado. As três maiores empresas supermercadistas representam 39% do faturamento do setor – um aumento de cinco pontos percentuais em relação a 2006. Já as dez maiores têm 47% de mercado, aumento de seis pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Outro destaque é o aumento na participação das unidades que têm de 251m² a 1000m². Em 2006, elas representavam 26% do total de lojas. Hoje, são 31,6%. As marcas próprias, que em 2006 representavam 5,5% das vendas, aumentaram sua fatia para 7%. O estudo também confirma o aumento da renda das famílias brasileiras, que passaram a consumir mais. O setor de perecíveis frescos, cujos produtos têm maior valor agregado, aumentou a participação no faturamento do setor para 18,1%, contra 14,7% em 2006.
A pesquisa também mostra o aumento expressivo do pagamento em dinheiro. Depois de quatro anos em queda – foi responsável por 28% do faturamento em 2006 -, o pagamento em dinheiro representou 35% do faturamento em 2007. O ranking da Abras ouviu 500 empresas de supermercados, com faturamento anual de no mínimo R$ 100 mil.