As vendas dos supermercados paulistas para este Natal terão um crescimento nominal de 7% em relação ao ano passado. Apesar do aumento, o número é considerado insatisfatório pela APAS, uma vez que o setor sempre apresentou crescimento expressivo nos últimos anos. Os dados da Associação, inclusive, foram destaques em diversos veículos de comunicação, tais como DCI, R7, IstoÉDinheiro e Exame.
“Embora o cenário seja de desaceleração, entre as demais atividades econômicas, o desempenho tenderá a ser superior, até mesmo quando comparado com o desempenho do PIB brasileiro para 2015, que está projetado para uma queda de -2% a -3%”, explica o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano.
Nos nove primeiros meses de 2014, os supermercados tiveram crescimento nominal nas vendas de 6,22%, valor inferior à inflação do período, que pelo IPCA aponta alta de 9,9% e pelo IPS (Índice de Preços dos Supermercados), de 7,15% até outubro.
Para a Associação, os dados demonstram que as crises política e econômica, somadas à desarticulada atuação da política econômica do Governo Federal, têm impactado o varejo brasileiro.
Mariano acredita que o desempenho para os meses de novembro e dezembro deverá ser moderado. “Levando em consideração que até setembro o setor apontou crescimento nominal de 6,22% e crescimento real de -1,61% no acumulado de janeiro a setembro (deflacionado pelo IPS), o desempenho geral do setor em 2015 terá o crescimento real de -1% a -1,5% em relação a 2014”.
Cesta de Natal deve ficar 10% mais cara
Os itens mais comprados para as festas de final de ano deverão ficar 10% mais caros. O preço dos panificados, de modo geral, teve variação de 8% no acumulado de janeiro a outubro de 2015 e de 7% em 12 meses.
Apesar disso, há uma projeção de aumento nas vendas de panetone para este ano de 10% em relação a 2014. Para a APAS, a diversificação de sabores, bem como as ações no ponto de venda, são os fatores que impactarão positivamente nas vendas.
“O panetone tem vendas expressivas nesta época do ano. E neste não será diferente. Mesmo com aumento médio esperado entre 7% e 10% nos preços do produto, as vendas se manterão aquecidas”
Chocotone: no caso específico de chocotone, o aumento registrado em relação a 2014 está entre 7% a 10% e as vendas devem ter alta de 10% este ano.
Peru: o preço do peru teve alta de 4,29% em outubro, comparado ao mês anterior, indicando o início do aumento dos preços devido às proximidades das festas de fim de ano. O reajuste deve chegar a 7%.
Chester: durante 2014, os preços se mantiveram estáveis e, para este ano, a expectativa é de alta entre 7% e 10%.
Castanhas e nozes: Alta dos preços será em torno de 7%.
Frutas secas: A estimativa é de aumento de 10%
Espumantes: Em 2014, os espumantes registram alta de 7% de janeiro a outubro. A expectativa para o fim de ano é de alta nos preços de 10%.
Azeite e outros condimentos: O preço do azeite caiu 13,4% de janeiro a outubro. Nos meses de novembro e dezembro deve ocorrer alta, em torno de 15%, principalmente em função da alta do dólar.