Não é novidade para ninguém que o Brasil vive um momento político conturbado, que, por sua vez, influencia diretamente nos indicadores econômicos e na confiança de empresários e consumidores. Mediante o afasamento da presidente Dilma Rousseff, por meio do processo legal de impeachment, o que esperar do presente e do futuro? Eis a opinião de alguns associados da APAS:
Você é a favor do processo de impeachment?
Emerson Svizzero, diretor do Santo Antônio Supermercados, de Bauru: “Sim, totalmente, porque não podemos ficar assistindo à decadência de nosso País, com a economia em frangalhos. A roda econômica parada, desemprego em alta e todos os escândalos ao mesmo tempo”.
Erlon Godoy Ortega, diretor da Rede Serve Todos de Supermercados, que conta com duas lojas em Pirajuí, duas em Garça, uma em Reginópolis e uma em Presidente Alves: “Sim. A gestão estava comprometida, inclusive com o segundo pior índice de crescimento do mundo, perdendo apenas para Venezuela. O País foi rebaixado por todas as agências de risco do mundo, empresas públicas perderam 55% de seu valor, desemprego em alta, além da corrupção sistêmica em todos os níveis do governo. O voto não credencia um gestor a levar um País à falência”.
Paulo Takata, diretor Comercial do Bandeirantes Supermercados, que possui duas lojas em Birigui: “Sim, precisamos recuperar a confiança e a credibilidade na política e na economia do Brasil”.
Como você enxerga o atual momento do País?
Fernando Cabreira Fernandes, diretor da Rede de Supermercados Superbom, que conta com três lojas em Bauru e uma em Jaú: “Enxergo com muita preocupação, afinal, em 50 anos de vida, essa é, sem dúvida, a pior crise que já passei – e olha que foram várias. Entretanto, como tudo tem seu lado bom, o governo anterior foi tão voraz em seu projeto de poder a todo custo e seu esquema de propina ‘nunca antes visto na história desse país’, que acabou acelerando mudanças que, talvez, levassem mais 50 ou 100 anos para acontecer. A indignação (palavra ficou separada) foi tamanha, seja das instituições ou das pessoas, que a revolução já está acontecendo e veio para ficar”.
Anderson Nicolau Ferreira, diretor do Supermercado Nicolau Max, que tem uma loja em Piraju: “Apreensivo, mas otimista. O novo governo parece compreender os desafios que o País enfrenta e está disposto a tomar as atitudes necessárias para reverter a atual situação”.
Quais as expectativas futuras, levando em consideração os impactos ao setor supermercadista?
Renato Martins, diretor do Santa Cruz Supermercados, que conta com quatro lojas em Votuporanga: “Desde a reeleição, o sentimento era de que a economia brasileira estava totalmente parada. Com o impeachment e o afastamento do governo anterior, os sinais de movimento voltaram a ser visíveis. No entanto, isso só será efetivamente possível com o comprometimento de todos. É preciso que o governo atual faça seu papel e ajuste as despesas, mas também estimule os investimentos. Esclarecimentos por parte dos principais ministros já dão algum sinal positivo para a economia. Acredito em mudanças mais assertivas e rápidas para o País”.
A matéria completa estará disponível na revista impressa, que chegará às mãos dos associados na segunda quinzena de junho, e também no Portal APAS (www.portalapas.com.br).