Um levantamento feito pela APAS mostra que, no mês de maio, o número de contratações superou o total de demissões no setor supermercadista do Estado de São Paulo. Com base nas informações oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a entidade contabilizou 18.961 admissões contra 18.085 desligamentos nos estabelecimentos comerciais de atacado e de varejo, abrangendo pequenos mercados, supermercados e hipermercados.
O resultado da equação entre o número de admissões e o volume de desligamentos no quinto mês do ano, representa alta de 0,17% em relação a abril e variação de -0,50% nos últimos 12 meses. “É o melhor resultado desde o início do ano”, analisa o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano.
De acordo com o levantamento feito pela entidade, o setor supermercadista, atualmente, emprega mais de 510 mil pessoas em todo o Estado e apresenta uma queda gradativa no número de demissões. “Temos um indicador de que há uma desaceleração do desemprego no setor supermercadista paulista. Isso, na conjuntura de crise, é muito importante para chegarmos a níveis estáveis de emprego”, explica Mariano.
Historicamente, o segmento possui demanda elevada por mão de obra qualificada. Há áreas que são mais carentes, tais como a operacional, que inclui açougue, padaria, entre outras, colaborando assim para a manutenção do emprego na atividade.
O aumento do número dos mercados de vizinhança, categoria de estabelecimento que, em 2015, foi responsável por 48% do crescimento do setor supermercadista, é outro evento que traz perspectivas positivas de empregabilidade. Cada pequeno mercado emprega, em média, 15 pessoas.
O desempenho do setor de supermercados no Caged contraria o comércio como um todo. Quando computadas todas as atividades do comércio, o Estado de São Paulo apresentou mais demissões (381.932) do que contratações (369.755) e encerrou o mês de maio com saldo negativo de 12.117 postos de trabalho encerrados. A participação dos supermercados e hipermercados no total de desligamentos registrada em toda a atividade comercial paulista foi de apenas 5%.
Fontes: Dados de Economia e Pesquisa da APAS / Redação – Agência IN)