O case ambiental da Associação Paulistas de Supermercados (APAS) que quantifica quantas emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) são evitadas por ano na cidade de São Paulo com a proibição da entrega gratuita de sacolas plásticas nos supermercados será apresentado pela APAS em parceria com o Governo de São Paulo na próxima Confederação Climática da ONU (COP 26) no mês de novembro, em Glasgow, Escócia.
Com a regulamentação da Lei Municipal de São Paulo 15.374/2011, que proíbe a distribuição gratuita de sacolas plásticas, os supermercados da cidade de São Paulo conseguiram evitar que 94,25 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) fossem produzidas por ano. A mudança resultou na redução de 84.4% do volume de sacolas plásticas distribuídas pelo setor supermercadista desde 2016, totalizando em 10.2 mil toneladas/mês de plástico PEAD.
A meta do Estado de São Paulo na área de resíduos, segundo a Política Estadual de Mudanças Climáticas, é reduzir 18.552,4 mil toneladas de CO2. Assim, a contribuição do setor supermercadista da capital paulista representa 0.5% do total de emissões que se busca reduzir. Quando for ampliado para todo o Estado, este percentual deve chegar a 1.8%.
No mês de julho, o Estado de São Paulo aderiu às campanhas “Race to Zero” e “Race to Resilience” da Organização das Nações Unidas (ONU), assegurando o compromisso de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Como noticiado anteriormente, a APAS participou do Kick off da campanha.
De acordo com o governador João Dória, o Estado de São Paulo vai fixar novas metas e soluções para energias renováveis, restauração florestal, agricultura de baixo carbono, bioeconomia, proteção da biodiversidade, controle e prevenção da poluição, qualidade do ar, transportes sustentáveis, segurança hídrica, saneamento ambiental, municípios resilientes e cidades sustentáveis.
Aquecimento global
De acordo com relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), estima-se que as atividades humanas tenham causado cerca de 1°C de aquecimento global acima dos níveis pré-industriais, com uma variação de 0,8°C a 1,2°C. Nomeado como “Climate Change 2021: The Physical Science Basis”, o relatório afirma que todas as regiões do globo já são afetadas por eventos extremos como ondas de calor, chuvas fortes, secas e ciclones tropicais provocados pelo aquecimento global.
Ainda de acordo com o estudo, cada uma das últimas quatro décadas foi sucessivamente mais quente do que qualquer outra década que a precedeu desde 1850. A tendência é que a temperatura continue a subir até meados deste século em todos os cenários projetados para as emissões de gases de efeito estufa. Cada meio grau a mais de aquecimento aumenta a frequência de ondas de calor, tempestades e secas que afetam a agricultura.