Na manhã desta quinta-feira (15) aconteceu o kick off, no âmbito do ESG, da campanha “Race to Zero” do Governo do estado de São Paulo, com vistas ao Acordo Ambiental São Paulo – que será destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) no próximo mês de novembro, na cidade Glasgow, na Escócia.
No início da reunião o Presidente da InvestSP, Gustavo Junqueira, falou sobre as vantagens competitivas e riscos e benefícios da adesão à campanha “Race to Zero”, que é uma agenda de mitigação para manter o aquecimento global em 1,5 grau. Em seguida, o Subsecretário de Meio Ambiente do Governo do Estado, Eduardo Trani, falou sobre o Plano de Ação Climática do Estado de São Paulo no contexto da campanha “Race to Zero”. Em seguida, a Presidente da CETESB, Patrícia Iglecias, discorreu sobre o Acordo Ambiental São Paulo e as possibilidades de convergência com a ação da campanha “Race to Zero”.
Esta reunião pavimentou um caminho que servirá para cumprir etapas do objetivo global dentro do plano de ação climática, com metas sucessivas, diretrizes e ações estratégicas que irão organizar o trabalho em comum dos setores, pois a emissão de poluição não tem fronteiras e os trabalhos intersetoriais se complementam na recuperação da economia verde paulista.
“A Agenda ESG é algo que nós não teremos como nos afastar, é uma agenda que traz as empresas para a realidade e é muito importante para os investidores e para a reputação das empresas. O setor privado sempre faz o Estado avançar e é nesse sentido que trabalharemos o Race to Zero”, explicou a Presidente da CETESB, Patrícia Iglecias. “Buscaremos um olhar de equilíbrio para os temas social, ambiental e de governança, internalizando no contexto do Estado, que, em seu papel de governo subnacional, sempre mostra qual o modelo deve ser seguido”, explicou Iglesias.
O conjunto de ações traz 5 linhas temáticas que vão orientar as diretrizes estratégicas que começaram a ser traçadas:
- Energias renováveis e combustíveis avançados;
- Agricultura de baixo carbono, restauração florestal e bioeconomia;
- Controle da poluição, qualidade do ar e transporte sustentáveis;
- Segurança hídrica e saneamento ambiental;
- Agenda urbana, municípios resilientes e cidades sustentáveis e inteligentes.
Neste contexto, vale ressaltar que o governador de São Paulo, João Doria, será conferencista na COP 26 em Glasgow, na Escócia, em novembro, onde irá expor seu principal projeto ambiental: a despoluição do Rio Pinheiros, maior projeto ambiental do Brasil, com 4 bilhões de reais em investimento.
O Rio Pinheiros é formado próximo à estação Santo Amaro, na zona sul da cidade de São Paulo, pela junção das águas que compõem o rio Jurubatuba e Guarapiranga. Antes da nascente do rio Pinheiros, estas águas recebem dejetos das cidades que compõem o sul da grande São Paulo, como os municípios de São Bernardo, Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Embu Guaçu e Itapecerica da Serra. Nos últimos dois anos foram retiradas 24 mil toneladas, especialmente plásticos, do rio Pinheiros.