Grupo Pão de Açúcar iniciou seleção para preenchimento de mil vagas para lojas de São Paulo
O mercado de trabalho continua vigoroso, constituindo uma fonte de sustentação do consumo e dificultando a tarefa do Banco Central de reduzir as pressões de demanda sobre a inflação. Contudo, o emprego ainda anda de lado na indústria. Quem está puxando as contratações são os setores de serviços, comércio e construção civil, que foram impulsionados pela ampliação da massa de rendimentos, sem sofrerem concorrência de importados, ao contrário do setor industrial.
Entre os segmentos do comércio que hoje mais oferecem vagas estão os supermercados. O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, iniciou na semana passada seleção para preenchimento de mil vagas em diversas funções para lojas da rede somente na capital paulista.
Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, os serviços e o comércio têm sido a plataforma segura do crescimento do emprego nos últimos anos, enquanto a indústria tem sido o fator volátil. “Em anos bons, a indústria cresce muito e em anos ruins, cai bastante, como parece que será o caso agora”, diz o economista.
Empregos formais
Até o mês de abril, os serviços responderam por mais da metade dos 3,29 milhões de postos de trabalho com carteira assinada abertos em todo o Brasil depois do impacto da crise mundial, em outubro de 2008. Nesse período, a indústria abriu 376 mil vagas, contra 1,70 milhão de novos postos nos serviços, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho
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No comércio, onde os produtos importados podem representar preços menores ou lucros maiores, a oferta de emprego superou a indústria em 158%. O setor abriu 971 mil vagas, enquanto a construção civil garantiu outros 425 mil empregos formais.
Fonte: O Estado de S. Paulo
