O setor supermercadista registrou em janeiro crescimento real (deflacionado pelo IPCA/IBGE) de 12% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2020, de acordo com o Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros Abras, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional de supermercados, divulgado nesta quinta-feira (11), em coletiva de imprensa online. Em relação a dezembro, o índice registrou queda de – 18,45%.
“Janeiro é um mês tradicional de férias e, mesmo durante a pandemia, muitas pessoas viajaram. Com as restrições de funcionamento de muitos estabelecimentos pelo Brasil, o setor, por ser essencial, foi uma opção na compra de diversos itens. Na comparação com dezembro, a queda de -18,45% foi impactada pela sazonalidade das compras de final de ano, considerado o melhor período de vendas dos supermercados”, declara o vice-presidente Administrativo e Institucional, Marcio Milan.
No mês passado, a Associação Brasileira de Supermercados divulgou a projeção de crescimento das vendas do setor para o ano de 2021, de 4,5%.
Abrasmercado
Em janeiro, o *Abrasmercado registrou alta de 0,22% na comparação com dezembro, passando de R$ 635,02 a R$ 636,40. No acumulado dos 12 meses o valor da cesta subiu 24,40.
As maiores quedas nos preços da cesta de janeiro foram registradas nos produtos: pernil, -4,23%, leite longa vida, -4,13%, farinha de mandioca, -2,17%, queijo muçarela, -1,98%, papel higiênico, -1,53%. As maiores altas foram nos itens: cebola, 18,79%, farinha de trigo, 4,97%, feijão, 3,08%, massa sêmola espaguete, 2,62%, açúcar, 2,55%.
Regiões
Em janeiro, a Região Nordeste foi a única que apresentou queda no valor da cesta Abrasmercado, -1,82%, passando de R$ 561,14 para R$ 550,95. Dentre as demais regiões, a Norte foi a que apresentou maior variação, 1,42% (veja na apresentação anexa).
*A cesta Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.
Páscoa positiva
A Páscoa deverá ser positiva para o setor supermercadista, que projeta crescimento de até 15% nas vendas na comparação com 2020, de acordo com estudo realizado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
“Em 2020 fomos pegos de surpresa com a chegada da pandemia e do isolamento social bem próximos da Páscoa. Esse ano o setor se preparou para as vendas em período mais remoto, e conta ainda com uma força maior do e-commerce que ganhou mais clientes durante a pandemia”, destaca o vice presidente Institucional e Administrativo da Abras, Marcio Milan.
Apostas
Entre os chocolates, queridinhos da data, os itens de menor valor agregado lideram as principais apostas dos varejistas em volume de vendas. Caixa de bombom, 12,9%, seguida de barras, tabletes, entre outros, 11,8%, e Ovos de Páscoa até 200 gramas, 9,4%.
Para o almoço de Páscoa os supermercadistas estão apostando em um maior volume de vendas dos vinhos importados, 13,8%, e cervejas, 12,9%, além do azeite, 13,4%, e pescados (peixes, 13%, e bacalhau, 12,1%).
Em relação aos preços em 2021, os vinhos importados e o bacalhau foram os que sofreram as maiores variações devido ao câmbio, 15,3% e 15,6%, respectivamente. (Veja mais na apresentação anexa)
Pandemia
Sobre o atual momento, o vice-presidente Institucional e Administrativo da Abras, Marcio Milan, afirma que o setor supermercadista segue atento ao avanço da pandemia da covid-19 no Brasil, e reforça que desde o início da pandemia os supermercados têm funcionado com muita responsabilidade no processo de prevenção e segurança de clientes e colaboradores. “Estamos vigilantes e seguimos firmes em relação às medidas de proteção estabelecidas pelos nossos protocolos, que foram elaborados com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e órgãos reguladores.”