A Associação Paulista de Supermercados (APAS) manifesta publicamente sua preocupação com as medidas restritivas de lockdowns em serviços essenciais adotadas por alguns municípios do Estado de São Paulo. Em meio à maior crise sanitária da nossa época, é totalmente desarrazoado que prefeitos dificultem o abastecimento da população ou decidam quais itens são essenciais para as pessoas. Fechar os supermercados torna ainda mais complicado o delicado momento que a nossa sociedade atravessa e faz iminente o agravamento do delicado quadro de vulnerabilidade social que existe em nosso país, o que pode transformar o Brasil no palco de uma devastadora tragédia humanitária.
Também não se pode ignorar que uma parcela considerável da população tem dificuldades em realizar pedidos por delivery; e uma parcela ainda maior sequer possui recursos financeiros para estocar itens de primeira necessidade por um longo período. Além do mais, é temeroso imaginar que os supermercados conseguem atender toda a população de uma cidade, qualquer cidade, por delivery. Assim como os leitos hospitalares precisam ser aliviados porque já não suportam mais a demanda existente, a população não pode ficar desabastecia e ter suprimido ou dificultado o seu direito de acesso aos serviços essenciais prestados pelos supermercados.
A APAS recorda que em nenhum lugar do mundo o poder público dificultou o acesso da população a itens de primeira necessidade e que a Fase Emergencial do Plano São Paulo, do Governo do Estado de São Paulo, não limitou o funcionamento dos supermercados. Por fim, a entidade alerta que as recentes leis municipais ao qual a população tem sido submetida têm causado aglomerações e profunda consternação para a entidade, colaboradores de supermercados e consumidores.