Mudanças climáticas explicam alta de 10,5% de janeiro a novembro em São Paulo
As mudanças climáticas e o aumento do consumo estão fazendo subir os preços dos alimentos, segundo os especialistas. O índice de preços ao consumidor (IPC) da FIPE mostra que, de janeiro a novembro, os preços em São Paulo subiram 10,5%. Só na primeira semana de dezembro, os alimentos já ficaram quase 1,5% mais caros. A demanda mundial por alimentos vem crescendo mais que a produção, principalmente por causa de países como a China e a Rússia.
O resultado é aumento de preço – uma situação que não deve mudar tão cedo e que só piora em épocas de entressafra ou de queda na produção. Em um país agrícola como o Brasil, a explicação para a alta dos preços quase sempre é o clima. “Tem época em que a gente se assusta bastante, principalmente com ingredientes da salada, dependendo da época, se está chovendo muito, altera o preço”, diz a publicitária Cecília Elidi Salvador. A salada subiu mais de 5% na primeira semana do mês, segundo índice da Fundação Getúlio Vargas. Para chegar às prateleiras com esses preços, os alimentos passam por várias etapas. O milho é um exemplo. Antes do plantio, o produtor já sabia que o produto iria valorizar no futuro porque os grãos estão virando combustível nos Estados Unidos e também porque o mundo está comendo mais.