Enquanto os hipermercados vêm perdendo faturamento e diminuindo a área de vendas para recuperar rentabilidade, um supermercado a quase 20 quilômetros do centro de São Paulo vive uma realidade diferente. No bairro do Horto Florestal, na zona norte da capital, o Andorinha está em reforma: todas as lojas de apoio que ficavam na frente dos caixas foram retiradas, abrindo espaço para aumentar a área de vendas de 5,5 mil metros quadrados para 6,6 mil metros quadrados.
Até o início de 2011, o número de caixas vai pular de 84 para 107 – um hipermercado padrão tem de 3 mil a 4 mil metros quadrados e de 30 a 50 caixas. E o faturamento, que no ano passado foi de R$ 234,9 milhões, deve chegar a R$ 300 milhões até dezembro, quase 30% mais.
“O Andorinha é um hipermercado que não perdeu o jeitão de vendinha de bairro”, diz Amauri Gouveia, diretor operacional da empresa, fundada por seu pai em 1974. Hoje, o prédio tem mais de 110 mil metros quadrados e inclui um shopping com 80 lojas (para onde os lojistas à frente dos caixas foram transferidos), com adega de vinhos, salão de beleza, correios, uma unidade do Magazine Luiza, entre outros. O shopping foi inaugurado no fim do ano passado, com investimentos de R$ 20 milhões. Na garagem, com 1.480 mil vagas, foi construído um túnel por baixo da rua ligando os dois prédios.
Apesar da presença de outros três supermercados grandes em um raio de 2,5 mil metros, todo dia cerca de 35 mil pessoas frequentam o Andorinha, administrado por Amauri Gouveia e seus dois irmãos Alécio e Adilson Gouveia. Os 1080 funcionários do hipermercado, segundo o diretor, são treinados periodicamente. Por isso, um auditório de 118 lugares – com cozinha gourmet – está sendo construído para abrigar as aulas, que agora serão estendidas aos clientes.
Fonte: Valor Econômico
