O óleo vegetal de cozinha é um item presente nos lares brasileiros e, muitas vezes, essencial para o preparo de muitas receitas. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), o consumo anual do produto ultrapassa a casa dos três bilhões de litros e o descarte correto deste produto e ações de reciclagem são fundamentais.
Tendo em vista o compromisso do setor supermercadista com a sustentabilidade, a Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a ABIOVE, o Sindicato da Industria de Óleos Vegetais (SINDOLEO) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) assinou um Termo de Compromisso para a Logística Reversa de Óleo Comestível com a Cetesb e a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA).
O objetivo é expandir a conscientização do correto descarte de óleo no estado de São Paulo, no qual constam metas anuais de recolhimento e destinação do resíduo, instalação de pontos de entrega voluntária, distribuição geográfica das ações no estado, além de iniciativas de educação ambiental e comunicação.
Para o Presidente do Comitê de Sustentabilidade da APAS, Paulo Pompílio, a adesão dos supermercados é fundamental para a ampliação dos pontos de entrega e para a conscientização dos consumidores. “O setor supermercadista contribui na cadeia de logística reversa como ponto de contato com o consumidor, tendo a responsabilidade de comunicar, sensibilizar e disponibilizar as áreas para instalação dos coletores, contribuindo para o sucesso da destinação dos resíduos de interesse ambientais”, afirma.
No próximo dia 15 de outubro, Dia do Consumo Consciente, às 14h, as organizações que assinaram o termo de compromisso farão uma live com o objetivo de apresentar detalhes do Programa Óleo Sustentável, promovido pela ABIOVE e SINDOLEO desde 2012, e promover os benefícios do descarte adequado do óleo de cozinha usado. Faça a inscrição por aqui.
Consumo Consciente
A meta do projeto é coletar 700 mil litros ainda este ano e chegar até um milhão em 2024. “Todo o óleo coletado, que é entregue voluntariamente pelos consumidores nos pontos de entrega, é levado para cooperativas de catadores e indústrias de reciclagem, sendo destinado para produção de biodiesel e como insumo para a fabricação de tintas, vernizes, sabão biodegradável, ração animal, dentre outros. Desta maneira, os impactos ambientais do descarte irregular do óleo são mitigados e o óleo se torna um resíduo de alto valor, gerando empregos e contribuindo para a renda de diversas famílias”, afirma Cindy Moreira, coordenadora de sustentabilidade da ABIOVE.
No contexto do comércio varejista e atacadista, José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da FecomercioSP, entende que o programa de logística reversa do óleo não pode ser visto apenas como uma obrigação, mas como uma oportunidade. “É essencial que as empresas do varejo e do atacado façam parte desse sistema, não apenas para cumprir com a responsabilidade compartilhada e encadeada a partir da logística reversa, mas também para garantir a destinação ambientalmente adequada dos resíduos, a partir dos princípios de sustentabilidade, hoje essenciais a todas atividades e negócios. Além de cumprir com a lei e contribuir para manter o meio ambiente em equilíbrio, tais práticas são uma oportunidade de conscientizar os consumidores e oferecer opções adequadas de descarte de resíduos e, assim, ofertar mais um serviço para os clientes”, destaca Goldemberg.