Supermercados paulistas se tornam pontos de referência para denúncia de mulheres vítimas de agressões domésticas.
O presidente da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Ronaldo dos Santos, assinou em evento na APAS SHOW convênio de adesão da entidade à Campanha Sinal Vermelho, de conscientização e proteção das mulheres contra violência doméstica. Dessa forma, as lojas dos associados da APAS em todo o Estado de São Paulo se tornarão locais preparados para acolher a denúncia de mulheres, e também de adolescentes e crianças. O corpo de colaboradores dos supermercados paulistas será treinado para prestar assistência às vítimas e comunicar a ocorrência à polícia, além de oferecer um abrigo seguro até a chegada das autoridades.
“Os supermercados são pontos de encontro de toda a sociedade. Por isso, podemos dar uma contribuição fundamental à proteção das mulheres, além de auxiliar na diminuição dos casos de violência doméstica”, assegura Ronaldo dos Santos, presidente da APAS. “É necessário que toda a sociedade se engaje nessa cruzada e faça a sua parte no combate a essa triste realidade”.
“Hoje, cerca de 66% das agressões contra mulheres ocorrem em suas próprias casas. Mas não só agressões físicas as atingem. Também temos muitos casos de humilhações, insultos, ameaças de agressão, entre outros tipos. Não são apenas mulheres de uma posição sócio-econômica mais vulnerável que sofrem com a violência doméstica. É um tipo de ocorrência que está disseminado por toda a sociedade”, assinalou a magistrada.
Para a capitã da Polícia Militar, Sandra Santos, que participou do painel de discussão realizado após a assinatura do convênio, é preciso aumentar o nível de conhecimento da comunidade sobre o que são as agressões. “Há mulheres que já vêm de lares abusivos e, por isso, encaram como sendo natural espancamentos ou agressões verbais. A vítima nem sabe que isso é violência”, explicou. A oficial da PM destacou a importância da adesão da APAS à campanha Sinal Vermelho. “Teremos mais canais de denúncia e de propaganda da campanha, levando conhecimento a mais mulheres”.